Já fez LIKE no TVI Notícias?

Madeleine: «Foi rapto»

PJ confirma que a menina inglesa foi raptada e admite motivações sexuais. Autoridades já têm retrato do suspeito, mas não divulgam. Judiciária apela a quem tiver informações para que ligue 289-884500

(ÚLTIMA ACTUALIZAÇÃO ÀS 13:10)

O director nacional adjunto e responsável pela directoria de Faro da PJ, Guilhermino Encarnação, disse este sábado que está em situação de assegurar que a criança inglesa desaparecida quinta-feira à noite terá sido raptada.

PUB

Segundo este responsável, todos os caminhos apontam para um crime de rapto da criança de três anos que desapareceu do seu quarto numa unidade turística na Praia da Luz, em Lagos.

Em conferência de imprensa, realizada à porta das instalações da PJ em Portimão, aquele responsável adiantou que a polícia «tem elementos que asseguram o rapto», acrescentando que este tipo de crime não é só para pedido de resgate, mas inclui também a prática sexual.

Sem especificar os elementos ou indícios na posse da PJ, Guilhermino Encarnação adiantou que tem tido várias informações e que só na sexta-feira recebeu cerca de 30 chamadas telefónicas, elementos esses que têm ser «checkados». A Judiciária apela a quem tiver informações para que ligue 289-884500.

Contudo, o responsável da PJ assegurou que existe um «esboço» de um eventual suspeito, mas que se recusou a divulgar para «assegurar a vida da criança». O mesmo responsável referiu acreditar que a menina está viva e ainda se encontra em Portugal, provavelmente no Algarve.

PUB

Apelou ainda a quem tenha a criança que «a devolva tal como ela está porque ainda está a tempo».

Aeroportos europeus em alerta

De acordo com Guilhermino Encarnação, assim que se soube do desaparecimento, a PJ fez chegar a aeroportos europeus a informação e dados que possam identificar a menina.

Guilhermino Encarnação assegurou que as buscas têm sido incessantes desde o desaparecimento da criança, quinta-feira à noite, mantendo-se com cerca de 150 homens da GNR, PJ (incluindo elementos da polícia científica), Polícia Marítima, PSP, Bombeiros e Serviço Nacional de Protecção Civil. O perímetro de acção da polícia foi também alargado, para aproximadamente três quilómetros.

O responsável da PJ assegurou, e respondendo às críticas que têm sido feitas por órgãos de informação britânicos, que a polícia portuguesa iniciou cerca de 15 minutos depois de ter sido comunicado o desaparecimento da criança as buscas para a tentar encontrar. O director nacional adjunto contrariou assim o que foi dito por amigos do casal, assegurando que a investigação tem decorrido ininterruptamente.

PUB

Guilhermino Encarnação acrescentou que a Polícia Judiciaria está a trabalhar conjuntamente com a Europol, Interpol, Polícia Britânica e outras entidades europeias que dispõem de elementos que podem ajudar a detectar a criança.

O responsável afirmou não ter havido qualquer contradição ou suspeita que relacionasse o desaparecimento com os pais da menina, criticando alguns órgãos de informação por avançarem com notícias que podem «desestabilizar» o caso. «Em tempo algum a Polícia Judiciária colocou em causa os pais da criança», afirmou. A Polícia Judiciária fará cerca das 20:00 um novo ponto da situação nas instalações da PJ em Portimão.

Governador civil fala em «coordenação absoluta»

Segundo a imprensa britânica, a actuação das forças policiais portuguesas tem sido alvo de críticas por parte de familiares e amigos que as acusam de ineficácia.

«Eu falei com eles [a família McCann] esta manhã e eles disseram que a polícia [portuguesa] não fez nada durante a noite e que sentiam que estavam por sua conta», contou uma amiga do casal.

O governador civil de Faro garantiu este sábado que as forças de segurança trabalham «em coordenação absoluta» e estão «altamente empenhadas» em encontrar o paradeiro da criança britânica desaparecida quarta-feira à noite na Praia da Luz, em Lagos, refere a Lusa. António Pina atribuiu a um «compreensível registo emocional» as críticas à alegada ineficácia das autoridades portuguesas.

PUB

Últimas