O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse esta quarta-feira que o pacote energético-ambiental hoje proposto terá «um impacto positivo» para Portugal, país que, acrescentou, tem «uma vantagem competitiva».
«Em Portugal está instalada a maior central fotovoltaica do mundo, em Serpa, e vamos em breve ter em Viana do Castelo a criação de 1.800 postos de trabalho em energia eólica», disse José Manuel Durão Barroso, avança a «Lusa».
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Para o ex-primeiro-ministro português e presidente da Comissão Europeia, a luta contra as alterações climáticas justifica-se, não só por razões ambientais, mas também «pela criação de emprego e de novos sectores de negócio».
Durão Barroso falava em Bruxelas, com jornalistas portugueses no âmbito da apresentação do pacote legislativo para às alterações climáticas e dependência energética dos combustíveis fósseis, como carvão e petróleo.
Questionado sobre o apoio esperado por parte dos 27, Durão Barroso adiantou ter havido «consultas informais» com todos os responsáveis políticos.
«Espero que Portugal apoie esta proposta», disse, lembrando que no Conselho Europeu de Março último, onde foram decididos os objectivos gerais da luta contra as alterações climática, Lisboa deu «um apoio muito grande».
Segundo a proposta hoje aprovada, Portugal poderá aumentar as emissões de gases poluentes em 1 por cento, de 2013 a 2020, nos sectores não incluídos no Comércio Europeu de Licenças de Emissão, como os transportes, agricultura, edifícios, serviços e pequenas indústrias.
O esforço de redução nos sectores incluídos no CELE (electricidade, refinarias, aço, cimenteiras, químicos e outras grandes indústrias, bem como a aviação) passa a ser global, uma vez que passará a vigorar um único plano europeu de atribuição de licenças de emissão.
As licenças irão abranger, além do dióxido de carbono, outros gases com efeito de estufa como óxido nitroso e perfluorcarbonos.
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