Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) decidiram realizar uma greve de 24 horas e outra por tempo indeterminado, neste caso aos fins de semana e às últimas e primeiras horas das rendições dos motoristas.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da STCP, Pedro Silva, explicou que estas «formas de luta», aprovadas por unanimidade em plenário, realizar-se-ão a partir da segunda semana de maio, com o objetivo de alertar para a «falta gritante» de motoristas.
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Pedro Silva frisou que faltam «cerca de 150 trabalhadores» na STCP, fazendo com que, na troca de serviço, não haja, por vezes, substituto, obrigando o motorista a continuar a «sua jornada de trabalho», tendo de conduzir até 14 horas por dia.
«Estas greves servem para proteger os trabalhadores e o seu descanso previsto na lei».
«Tem havido bloqueios de autocarros e invasões de instalações porque as pessoas estão fartas de esperar horas por autocarros».
«Não são só os trabalhadores a serem penalizados, os utentes também saem prejudicados porque acabam por não ter meio de transporte para se deslocar pela cidade».
Os funcionários querem ainda que o executivo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas seja responsabilizado «por qualquer acidente» que aconteça motivado pelo cansaço dos motoristas obrigados à prestação de trabalho após a sua jornada normal de trabalho ou por agressões.
«Exigir a efetividade de todos os trabalhadores com contrato a termo, motoristas e oficinais», é outra das reivindicações expressa na moção.
Na semana passada, os trabalhadores da STCP reuniram com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, em Lisboa, para lhe dar conta «dos problemas» que a empresa atravessa.
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