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Energia: poupanças equivalem ao gasto de gasolina anual numa auto-estrada

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Maior fatia de poupança provém do sector industrial

Os programas de eficiência energética aplicados em Portugal desde 2008 permitiram poupar o equivalente ao consumo anual de gasolina na auto-estrada Lisboa-Porto, disse esta terça-feira o presidente da Agência para a Energia (ADENE).

Alexandre Fernandes, que falava na 5ª Expo Energia, a decorrer em Lisboa, indicou que no ano de 2009 o Programa Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE) gerou poupanças de energia de 324.977 toneladas equivalentes de petróleo (tep). Esse valor representa não só 18 por cento do objectivo total traçado até 2015, mas também «o equivalente ao consumo de combustíveis líquidos na auto-estrada Lisboa-Porto num ano», exemplificou citado pela Lusa.

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Do total de 325 mil tep, a maior fatia de poupança provém do sector industrial (137 mil tep), seguido do sector residencial e serviços (92,1 mil tep) e dos transportes (85 mil tep).

No sector residencial e serviços, a ADENE destaca o impacto das medidas referidas nos programas Renove Casa e Escritório (54.601 tep), Sistema de Eficiência Energética em Edifícios (22.611 tep) e Renováveis na Hora (14.952 tep).

Já nos transportes, Alexandre Fernandes destacou o impacto das medidas referidas nos programas Renove Carro (39.754 tep), Mobilidade Urbana (16.054 tep) e Sistema de Eficiência Energética nos Transportes (29.205 tep).

«O sector dos transportes é onde ainda há muito a fazer», notou Alexandre Fernandes na 5ª Expo Energia, referindo os esforços para renovar o parque automóvel e expandir as redes de metro.

«Temos que passar de uma locomoção rodoviária para ferroviária», disse o mesmo responsável, notando a potencialidade da rede do metro de Lisboa e explicando que a cobertura do metro do Porto «já faz a diferença».

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Já foram passados 300 mil certificados de eficiência energética

O destaque pela negativa vai para as poupanças no sector Estado, que representaram nos dois últimos anos 3.972 tep. «O programa em causa encontra-se atrasado face aos objectivos propostos», nota a ADENE no seu relatório de execução 2009.

Por outro lado, a ADENE nota que já foram passados 300 mil certificados de eficiência energética, ou seja 10 por cento do parque habitacional.

«Isto significa que todas são eficientes? Não, apenas 4 por cento têm boa eficiência energética, mas agora conhecemos esse parque habitacional e quais as medidas que os especialistas estão a propor para melhorar», disse Alexandre Fernandes.

Todos estes programas, no entanto, implicaram gastos por parte do Estado. Em termos acumulados, o Estado concedeu 116,9 milhões de euros de incentivos fiscais resultantes das deduções fiscais em sede de IRS e de IST, bem como Incentivo fiscal para aquisição de veículos novos que resultem no abate de veículo com idade superior a 10 anos.

Por outro lado, foram aplicados 210,41 milhões de euros provenientes do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional), do Orçamento do Estado, do Fundo de apoio à Inovação e da Taxas Sobre as Lâmpadas de Baixa Eficiência energética.

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