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Finlândia disponível para renegociar garantias com Grécia

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Acordo requer que Grécia deposite dinheiro numa conta onde o país nórdico vai investir

O primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, está disponível para fazer ajustes às garantias negociadas com a Grécia depois de vários países do euro terem criticado o país por ter feito um acordo bilateral para aceitar participar no segundo resgate.

«Temos tentado resolver o problema e fizemos isso juntamente com a Grécia. É uma solução técnica que funciona bem, mas se este modelo específico não funciona, então temos que tentar encontrar outro modelo», disse Katainen numa entrevista divulgada esta terça-feira pela agência de informação financeira Bloomberg.

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Os ministros das Finanças da Finlândia, Urpilainen Jutta, e da Grécia, Evangelos Venizelos, disseram na passada terça-feira que chegaram a um acordo bilateral em que a Grécia dá garantias à Finlândia pela sua participação no novo plano de ajuda financeira ao país.

O acordo requer que a Grécia deposite dinheiro numa conta onde o país nórdico vai investir nos títulos soberanos com a mais alta classificação de «rating» (AAA).

Os juros gerados irão aumentar o montante para cobrir a contribuição da Finlândia para o resgate da Grécia.

A Finlândia não revelou a quantidade, mas segundo a agência Efe será cerca de 20 a 40 por cento dos 1400 milhões de euros da contribuição da Finlândia para o segundo pacote de ajuda ao país.

O anúncio desencadeou uma reacção de crítica de Estados-membros da zona euro mas também pedidos de acordos similares pela Áustria e pela Holanda, que partilham com a Finlândia um «rating» de triplo A, bem como a Eslováquia e a Eslovénia.

O primeiro-ministro finlandês está irredutível na necessidade deste acordo uma vez que esta exigência faz parte do «programa de Governo», mas mostra-se agora disponível para encontrar uma «solução» que evite o veto dos restantes membros do euro, uma vez que o acordo precisa da sua aprovação.

Em declarações à imprensa local, na segunda-feira, Katainen reconheceu ser «politicamente difícil» obter a aprovação dos países da zona do euro mas disse que, sem as garantias concedidas, o país nórdico não vai aprovar o segundo pacote de resgate à Grécia, que inclui 109 mil milhões de euros da zona euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e mais 50 mil milhões que serão suportados pelos bancos e pelas instituições financeiras detentoras de dívida pública grega.

O acordo entre a Finlândia e a Grécia está a levar a divisões na Zona Euro.

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