O Governo afastou esta quinta-feira, pela voz do ministro da Presidência, a possibilidade de negociar com Bruxelas as datas e metas de redução do défice orçamental português, uma hipótese deixada em aberto pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, numa entrevista à TVI.
«Quarta feira, ouvi o líder do PSD, numa entrevista, equacionar a possibilidade de um objectivo menos exigente do défice para 2011, mas o Governo entende que esse seria um sinal errado para os mercados internacionais», disse Pedro Silva Pereira, na habitual conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros.
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«Espera-se que todos os países sejam capazes de cumprir os seus objectivos orçamentais ainda que eles sejam difíceis. Do nosso ponto de vista, Portugal seria penalizado se essa revisão em alta fosse feita», disse o ministro, acrescentando que «esse não é um bom caminho, mas, também, verdade seja dita, a nossa impressão foi que essa possibilidade foi apenas aventada em tom um pouco especulativo e não se tratou de uma proposta formal do PSD».
«Com um Orçamento que foi recebido como credível pelas instituições e mercados internacionais, Portugal está em condições de cumprir o objectivo exigente de reduzir o défice para 4,6%», reiterou.
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