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Preços dos bens alimentares atingem máximo dos últimos dois anos

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Escalada dos preços do trigo foi principal causa. Mas preço do açúcar e das oleaginosas também pressionou índice em alta

O preço dos bens alimentares essenciais atingiu em Agosto o nível mais alto dos últimos dois anos nos mercados internacionais, aproximando-se dos valores da crise de 2008, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Organização para Alimentação e Agricultura (FAO).

Segundo a FAO, o aumento de cinco por cento no índice do preço dos alimentos entre Julho e Agosto foi o maior em termos mensais desde Novembro de 2009, e teve como principal causa a escalada dos preços do trigo, escreve a Lusa.

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Importante contributo para a escalada do preço deste cereal foi a interrupção das exportações da Rússia, devido à seca registada nos últimos meses no país.

O preço do açúcar e das oleaginosas também pressionou o índice em alta.

Aumento dos preços tem consequências políticas

O aumento dos preços dos alimentos está já a ter consequências políticas. Em Moçambique, o protesto contra os aumentos dos preços dos bens essenciais causou esta quarta-feira pelo menos seis mortos e mais de oitenta feridos, 14 das quais em estado grave, nos confrontos entre a polícia e populares.

Os protestos começaram nos arredores de Maputo, mas estenderam-se ao centro da cidade. Ao início da tarde, a situação já estava mais calma na capital moçambicana.

Moçambique viveu uma situação semelhante aquando do «pico» do preço dos bens alimentares essenciais, registado em Junho de 2008.

Segundo os dados da FAO, os preços estão ainda 38% abaixo do nível registado há dois anos e dois meses.

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A FAO sublinha que a principal causa do choque de preços em 2008, o baixo nível das reservas mundiais, não tem paralelo com a situação actual.

A estimativa de produção cerealífera mundial para 2010 (2.238 milhões de toneladas) foi recentemente revista em baixa.

«Mesmo assim, neste nível mais baixo, a produção cerealífera mundial em 2010 seria a terceira maior de sempre e acima da média dos últimos cinco anos», refere a organização das Nações Unidas.

A FAO prevê uma contracção das reservas mundiais de 2%, depois de terem iniciado o ano ao nível mais elevado dos últimos 8 anos.

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