O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou esta sexta-feira o Governo de tentar justificar o injustificável e acusou o executivo de estar a cometer um crime ao privatizar a TAP.
"A conferência de imprensa do secretário de Estado dos Transportes foi mais um episódio da novela da privatização da TAP em que o Governo pretende justificar o injustificável", disse o sindicalista à agência Lusa.
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Arménio Carlos reafirmou que a TAP não deve ser privatizada, devido à sua importância estratégica para o país, e considerou que o processo é "demasiado opaco".
"Este processo é interessante para os privados mas desastroso para a TAP e para o país", disse.
"Estamos convictos que desta vez os trabalhadores também saberão lutar contra este crime contra a economia portuguesa", afirmou.
Segundo o caderno de encargos para a privatização da transportadora aérea, o comprador tem que assegurar o reforço da capacidade económico-financeira da empresa e assumir compromissos de estabilidade laboral.
A capitalização é o primeiro de nove critérios para a escolha do futuro dono da TAP, seguido pelo valor da oferta e projeto estratégico, segundo o caderno de encargos.
O valor oferecido pelo capital a alienar pelo Estado, num limite máximo de 66% nesta primeira fase, surge em segundo lugar no artigo 5.º do documento, aparecendo depois a "apresentação e garantia de execução de um adequado e coerente projeto estratégico, tendo em vista a preservação e promoção do crescimento da TAP".
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