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É «injusto» Função Pública servir de «bode expiatório»

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Governo Regional da Madeira diz que é preciso «deixar claro» que medidas devem ser para todos e não só para alguns

O vice-presidente do Governo Regional da Madeira disse esta quinta-feira ter dificuldades em entender que «a função pública sirva de bode expiatório para todos os males do país». «Parece-me um pouco injusto».

«É preciso deixar claro, para as pessoas entenderem, que estas medidas devem ser para todos e não só para alguns». João Cunha e Silva refere-se aos cortes dos salários da Função Pública propostos esta quarta-feira pelo Governo.

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João Cunha e Silva vê ainda «com muita apreensão» as medidas de austeridade, dado que incluem «cortes para as regiões». E justificou porquê: «Como sabem, nós vivemos com grande dificuldade estes últimos anos e não sei como é que será». Os portugueses vão «ter tempos difíceis» e «as pessoas todas já se aperceberam» disso.

Reconhecendo que a proposta do Governo «resulta de uma necessidade» de Portugal, «sob pena» de ter o Fundo Monetário Internacional a entrar no país, João Cunha e Silva considera, no entanto, que «esses, então, não olham a ninguém nem a nada e tratam é de impor as medidas que consideram urgentes».

João Cunha e Silva defende que haja um consenso entre os partidos no que toca ao Orçamento do Estado. «Vamos lá ver se os partidos se entendem na Assembleia da República e acaba por sair uma proposta que seja razoável, justa, que todos tenhamos a noção de que estamos a contribuir para ultrapassar as dificuldades do país, mas que todos estamos a fazê-lo na mesma medida», declarou, citado pela agência Lusa.

Deverá o PSD, como maior partido da oposição, viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano? «Não me compete a mim dizer o que é que o PSD devia ou não devia fazer. Isso compete a quem dirige o PSD tomar essas iniciativas e essas medidas, porque tem conhecimentos que eu não tenho, resultado de negociações com certeza que já houveram».

É necessário sobretudo sensatez, defende o responsável, porque está «em causa a viabilidade do país» e «a vida das pessoas e pessoas que têm dificuldades, que têm compromissos e que podem ser afectados por isto».

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