Os sumários da auditoria forense ao BES encomendada pelo Banco de Portugal à Deloitte já vieram a público, mas esse exame ainda está «em fase de conclusão». De qualquer modo, o governador do Banco de Portugal tem hoje uma noção muito mais clara do que falhou no BES e contribuiu para o seu desaparecimento.
«As conclusões apontam para a existência de indícios de violação do ring fencing com materialidade muito expressiva. Estas violações terão tido origem numa intenção deliberada de alguns membros do conselho de administração do BES. Acresce a existência de fortes indícios de práticas» suscetíveis de serem enquadradas num quadro de situação «dolosa»
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Esta terça-feira, o governador do Banco de Portugal fez também questão de enfatizar, logo na sua intervenção inicial, que durou quase uma hora, que a auditoria está a ser conduzida «por uma entidade independente, neste caso a Deloitte» e que está praticamente terminada. «Os sumários em dois blocos foram já disponibilizados a esta comissão», recordou.
«Hoje são muito claros os indícios de descapitalização e falhas no modelo de governo do BES. A auditoria forense foi decisiva para a descoberta do que esteve na origem do colapso do GES e do BES»
«No caso de se confirmarem os indícios que determinaram a abertura dos processos, serão deduzidas as respetivas acusações contra os responsáveis»
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