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Corte nos subsídios: PS exige reação do governo

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Socialistas acusam troika de ingerência nos assuntos nacionais ao admitir tornar permanentes os cortes nos subsídios de férias e de natal no setor público

O PS acusou esta terça-feira a troika de ingerência nos assuntos nacionais ao admitir tornar permanentes os cortes nos subsídios de férias e de natal no setor público e exigiu uma imediata reação do Governo sobre esta matéria.

A posição foi transmitida pelo vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS José Junqueiro, num comentário ao facto de a Comissão Europeia não ter descartado a possibilidade de os cortes nos subsídios de férias e de Natal dos trabalhadores do setor público e dos pensionistas assumirem caráter permanente.

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«Teremos de ver se [a medida] se tornará permanente ou não. Mas isso agora ainda não foi discutido», declarou Peter Weiss, da direção-geral de Assuntos Económicos e Monetários da Comissão Europeia, e membro da missão de ajuda externa para Portugal.

Perante esta posição de Bruxelas, o vice-presidente da bancada socialista considerou que as afirmações da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) representam «uma ingerência inaceitável nos assuntos internos de Portugal».

«Consideramos igualmente inaceitável que esta informação venha de Bruxelas e não tenha tido até agora um comentário por parte do Governo português, dando uma nota muito clara que parece que agora o país é governado a partir de Bruxelas e que o executivo nacional deixou cair os braços», apontou José Junqueiro.

José Junqueiro exigiu depois ao Governo português que, «de imediato, esclareça esta situação, se tem ou não algum fundamento a ideia de que vai cortar para sempre os subsídios de férias e de natal de todos os funcionários públicos».

«A ser assim, estamos perante um embuste feito ao povo português, é algo que não está no memorando da troika e é algo pelo qual responsabilizaremos fortemente o Governo português. Exigimos por isso uma explicação imediata», acrescentou o dirigente da bancada socialista.

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) também já reagiu, considerando que se o Executivo aceitar os recados de Bruxelas deve demitir-se.

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