O Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica avançou esta quinta-feira que o consumo privado sofreu a sua pior contracção desde, pelo menos, 1978.
Para a NECEP, os dados do INE sobre a quebra de 0,6 por cento no PIB revelam um «quadro muito negativo, transversal às diversas rubricas da procura interna».
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Na folha de leitura rápida sobre os dados avançados esta quinta-feira pelo INE, o NECEP, coordenado por João Borges de Assunção, afirma, citado pela Lusa, que «o contributo da procura interna para a quebra do PIB (-3,4 pontos percentuais em termos homólogos e -3,8 pontos percentuais em cadeia) é idêntico aos piores valores registados durante a crise de 2009, o que ilustra bem a severidade dos dados».
No entanto, mais grave que a quebra da procura interna são os valores do investimento, que têm «uma extraordinária trajectória de quebra, com dimensões cada vez mais preocupantes e até difíceis de conceber».
O quadro negro traçado pelos economistas do NECEP não melhora nem com o «contributo positivo das exportações de bens e serviços» para a evolução do PIB: «Mesmo aqui, contudo, o NECEP tem que dar uma nota de prudência. De facto, o crescimento em cadeia das exportações moderou substancialmente face ao verificado no início de 2010, sendo que, em termos reais, o valor absoluto das exportações está praticamente estabilizado há 6 meses (em níveis ainda inferiores aos que se verificavam em 2008)», conclui a análise.
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