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Recessão: economia nacional encolhe 0,6%

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Quebra é inferior ao inicialmente estimado, graças às exportações

A economia portuguesa registou uma contracção de 0,6% no primeiro trimestre do ano. A quebra foi de 0,6%, quer na comparação com os três últimos meses de 2010, quer na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

Esta queda do Produto Interno Bruto (PIB), que é uma décima inferior à inicialmente estimada, representa uma inversão na evolução homóloga da economia, já que no trimestre anterior se verificara um crescimento de 1%.

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Consumo trava a fundo

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a contracção económica deve-se à queda de 3,2% na procura interna, causada pela diminuição do consumo, público e privado, (que encolheu 2,6%) e, em menor grau, do investimento (com uma queda de 5,9%).

O consumo privado diminuiu 2,1%, com a componente de bens duradouros a recuar 9,8%, após ter registado um aumento de 8,8% no trimestre anterior. Para isto contribuíram os automóveis, cujas compras foram antecipadas no ano passado, para escapar ao aumento do IVA no início deste ano. Já nos bens não duradouros, a queda foi de 1,2%.

Do lado do investimento, a queda de 5,9% deveu-se em larga medida à formação bruta de capital fixo (FBCF), com sinal negativo de 6,8%. Máquinas e equipamentos de transporte (-12,1%) foram o sector que mais contribuiu para a descida, mas a construção também ficou no vermelho (4,1%).

Exportações são a luz ao fundo do túnel

Pelo contrário, o contributo da procura externa líquida manteve-se positivo, verificando-se uma aceleração das exportações, que cresceram 8,5%. «Esta evolução deveu-se, em larga medida, à diminuição das importações no 1º trimestre de 2011 (variação homóloga de -0,8%), após ter aumentado 3,8% no 4º trimestre de 2010 (em parte, devido à importação de equipamento militar)», explica. As exportações aumentaram 8,5% em termos homólogos no 1º trimestre de 2011, um resultado que foi superior em 0,7 p.p. ao observado no trimestre anterior.

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Mais exportações e menos importações resultaram numa melhoria do Saldo Externo de Bens e Serviços que se fixou em -5,5%.

A Necessidade Líquida de Financiamento externo da economia Portuguesa, em percentagem do

PIB, fixou-se em 6,7% no 1º trimestre de 2011, muito próxima da verificada no trimestre anterior (6,6%), mas traduzindo uma melhoria comparativamente ao trimestre homólogo (9,3%).

Emprego cai 1,6%

O documento do INE revela ainda uma diminuição de 1,6% no emprego, corrigido de sazonalidade. O emprego remunerado, igualmente corrigido de sazonalidade, diminuiu 0,2%, após ter registado uma variação de -0,1% no 4º trimestre de 2010.

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