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Gaspar vai perguntar ao FMI o que pensa sobre a austeridade

Ministro das Finanças não acredita que mea culpa sobre o efeito das medidas na economia seja a posição oficial da instituição

O ministro das Finanças vai apurar junto do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que realmente pensa a instituição sobre os efeitos da austeridade, depois de ter considerado que houve uma interpretação errada da posição do Fundo. A promessa foi deixada esta terça-feira de manhã numa reunião com as bancadas parlamentares do PSD e do CDS-PP.

Segundo relatos desta reunião feitos à agência Lusa, este assunto foi introduzido pelo deputado do CDS-PP Telmo Correia, que perguntou ao ministro das Finanças se a alegada mudança de posição do FMI sobre os efeitos da austeridade poderia beneficiar Portugal.

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Em causa está um texto assinado pelo economista-chefe da instituição, Olivier Blanchard, onde reconhece que o FMI subestimou o efeito da austeridade nos países europeus. Por cada euro a mais de impostos ou de corte de despesa pública, o FMI previa uma perda de 50 cêntimos para a economia. Mas afinal, por cada euro de cortes públicos, a economia perdeu dois euros, admite agora.

Vítor Gaspar, que tinha já sido confrontado com estas conclusões durante a conferência de imprensa em que apresentou a proposta de Orçamento do Estado para 2013 (um orçamento cheio de novas medidas de austeridade) tinha na altura argumentado que houve uma confusão da imprensa entre a posição do FMI e as ideias do economista Paul Krugman.

Vítor Gaspar considerou que o texto que motivou esta confusão, assinado por Olivier Blanchard, é «sem precedentes» e não reflete a posição oficial do FMI.

«A leitura [do texto] assinado por Olivier Blanchard que foi propagada na comunicação social deriva de um comentário no blogue do prémio Nobel [da Economia de 2008] Paul Krugman», alegou Gaspar. «A leitura que tem vindo a ser comentada em público é a posição do prémio Nobel da economia Paul Krugman, não a do FMI», reforçou.

Essa leitura foi a adotada, entre outros, pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, numa mensagem no Facebook, publicada dois dias antes da apresentação da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2013.

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