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Hoje há greve geral, a segunda em oito meses

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«Governo que está de costas voltadas para o povo», alega Arménio Carlos

A CGTP cumpre esta quarta-feira a segunda greve geral em menos de oito meses, porque considera que o Governo ignora o povo e vai agravar ainda mais as condições de vida e de trabalho dos portugueses no próximo ano.

«Temos um Governo que está de costas voltadas para o povo e de braços abertos para fazer o que quem manda nos cifrões lhes diz», disse o secretário-geral da CGTP em entrevista à agência Lusa.

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O sindicalista explicou que a paralisação geral não é mais que o culminar dos protestos que se vieram intensificando nos últimos meses.

«Desde agosto que o número de greves tem vindo a aumentar e muitas delas têm relação direta com as alterações introduzidas ao Código do Trabalho a 1 de agosto».

Nesse dia, entraram em vigor as alterações ao Código do Trabalho decorrentes do acordo de concertação social assinado em janeiro e que preveem, nomeadamente, a redução da retribuição do trabalho extraordinário, o corte de quatro feriados e da majoração das férias em função da assiduidade e a criação de bancos de horas grupais e individuais.

«Depois desta revisão do Código do Trabalho, muitos trabalhadores começaram a ver que no final do mês recebiam menos 200 ou 300 euros devido à redução do valor do trabalho extraordinário», referiu Arménio Carlos.

O sindicalista salientou que nos últimos anos, com a prática corrente da moderação salarial, em muitos setores, nomeadamente no dos transportes, o trabalho extraordinário funcionava como um completo remuneratório, por isso «agora com o corte abrupto da sua retribuição» os trabalhadores que o fazem com regularidade «têm um corte significativo» no seu rendimento.

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«É por esta e por outras razões, que a greve geral de quarta-feira é compreendida por todos. Neste momento ninguém contesta os motivos e objetivos desta greve, pelo contrário».

«Estamos numa fase muito dura para os que vivem e trabalham em Portugal. E os trabalhadores e pensionistas estão a perceber que vão receber ainda menos em 2013 do que receberam em 2012. É contra isto que temos de lutar e temos de ter sensibilidade para o que pensam os trabalhadores», acrescentou.

Da parte da CGTP e dos seus sindicatos tem havido, segundo Arménio Carlos, «uma grande preocupação em não sufocar os trabalhadores em termos financeiros. Por isso as grandes manifestações dos últimos tempos têm sobretudo sido feitas aos sábados».

«Mas depois de várias jornadas de luta que concretizamos ao nível nacional e regional era chegado o momento de um salto qualitativo que é a realização da greve geral».

A última greve geral, convocada pela CGTP, realizou-se a 22 de março, menos de dois meses após Arménio Carlos ter sido eleito secretário-geral da Intersindical.

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