Já fez LIKE no TVI Notícias?

“Governo de esquerda pode significar recuo na legislação laboral”

Presidente da CIP, António Saraiva, em entrevista na TVI24, diz que ainda acredita num acordo entre Passos Coelho e António Costa

António Saraiva explicou que aquilo que interessa à Economia e aos empresários é que exista estabilidade e que essa estabilidade dê condições de aumentar a competitividade, manter o ritmo das exportações, com um Governo que estando ao lado dos empresários, ao invés de estar à frente, ajude a promover o crescimento económico. Para o presidente da CIP, um possível Governo de esquerda faz os patrões recearem mexidas nomeadamente no que diz respeito à legislação laboral. António Saraiva reiterou que, “por aquilo que está anunciado”, os empresários receiam que um Governo PS apoiado por PCP e BE possa ter apetência para reverter a legislação laboral, mas realçou que esse confronto será observado em sede de concertação social onde as partes – Governo, empregadores e representantes sindicais – colocarão as suas posições. “Defenderemos as nossas [posições], e uma coisa posso garantir não vacilaremos na defesa daquilo que pensamos ser, não os nossos interesses, mas o interesse das empresas portuguesas, o interesse do país na sua recuperação económica para, alterando os critérios de competitividade dos indicadores, possamos finalmente pôr o país sustentadamente a crescer”, realçou.

PUB

António Saraiva ainda acredita que é possível um acordo entre a coligação Portugal à Frente (PàF) e o Partido Socialista (PS) para uma solução de Governo após as eleições legislativas de 4 de outubro. Para o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), esta seria a melhor solução para o país. Em entrevista, esta segunda-feira, na “21ªHora” da TVI24, o responsável sublinhou que um possível Governo de esquerda faz os patrões recearem mexidas, nomeadamente no que diz respeito à legislação laboral.  

“Se António Costa não conseguir demonstrar o acordo (que pelos vistos ainda não tem) com os dois partidos que diz ter - BE e PCP- se não o tiver, fica duvidosa a razão pela qual vai chumbar o próximo Governo ou não viabilizar o próximo Governo. É uma equação que aguardamos para ver qual a solução, admito que o bom senso ainda venha a imperar e que possamos ter no quadro parlamentar algumas surpresas agradáveis de estabilidade porque é disso que o país necessita”, afirmou.  

“Receamos que por aquilo que é conhecido das condições que quer o Bloco, quer o PCP, colocam para que deem acordo ao Partido Socialista para essa maioria parlamentar, receamos que algumas dessas medidas venham ao arrepio daquilo que tem sido feito e que possa pôr em causa a recuperação e que possa regredir alguma da legislação que tão dificilmente foi possível obter e não para melhorar uma classe em detrimento de outra, mas sim para melhorar a competitividade do nosso país, estou a falar nomeadamente da legislação laboral”, sublinhou.  

PUB

Últimas