Já fez LIKE no TVI Notícias?

«País não pode dar-se ao luxo de ter tanto desemprego»

Relacionados

Porta-voz dos patrões apela a «todos os parceiros sociais e agentes económicos» para combater, com urgência, a escalada do desemprego

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, está preocupado com o aumento da taxa de desemprego em Portugal e classificou de «inaceitável» que um país tenha um nível de população desempregada «desta dimensão».

«Estamos muito preocupados com esta evolução, o combate ao desemprego deve mobilizar todos os parceiros sociais e todos os agentes económicos», pois «não é aceitável que um país se dê ao luxo de ter uma população desempregada desta dimensão e jovens à procura do primeiro emprego num volume insustentável», disse António Saraiva, citado pela Lusa.

PUB

No final de um encontro com a CGTP, na sede da CIP, em Lisboa, o presidente da confederação patronal disse estar «fortemente preocupado» tendo, por isso, «lançado desafios a todos os agentes económicos e ao Governo para se encontrarem critérios de crescimento económico».

Não há soluções milagrosas, estamos muito preocupados, quer pelo drama social, quer por outras envolventes e, por isso, «é urgente gerarmos condições para o crescimento económico», reiterou António Saraiva.

De acordo com o boletim Informação Mensal do Mercado de Emprego, do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgado na quinta-feira, em março estavam inscritos nos centros de emprego 661.403 desempregados, mais 19,8 por cento do que em março de 2011 e mais 2,1 por cento do que em fevereiro de 2012.

Os jovens foram a faixa etária que mais se ressentiu com o aumento do desemprego, refere o boletim do IEFP, que dá conta de um aumento de 25,4 por cento no mês passado face ao mesmo período de 2011.

PUB

De acordo com as projeções do Banco de Portugal (BdP), Boletim Económico de Primavera a instituição estimava uma redução do emprego de 3,6 por cento em 2012 e de 0,7 por cento em 2013 (face a uma queda de 1,5 por cento em 2011).

De acordo com o BdP, «a contração significativa do emprego antecipada para 2012 deverá ser mais acentuada no setor privado, refletindo as projeções para a atividade económica, bem como efeitos desfasados resultantes da evolução muito desfavorável registada no quarto trimestre de 2011».

Já no setor público, «o emprego deverá manter um ritmo de redução relativamente constante ao longo do horizonte de projeção, apresentando uma queda mais acentuada do que a do setor privado em 2013», de acordo com a instituição.

PUB

Relacionados

Últimas