O presidente da Confederação do Comércio e Serviços alertou esta segunda-feira para os «défices brutais» das empresas públicas de transportes, considerando que a entrega do sector aos privados permitiria aumentar a produtividade.
Em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, o novo presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, adiantou que uma das matérias em discussão com o chefe de Estado foi a situação dos transportes e dos «défices brutais que têm as empresas públicas».
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Assim, continuou, a Confederação transmitiu a sua «preocupação face às situações que existem neste momento em termos dos transportes, dos défices brutais que têm as empresas públicas e na oportunidade que poderia surgir nesses mercados para uma série de operadores privados».
«As empresas públicas de transportes são altamente deficitárias», sublinhou, defendendo a possibilidade desse «sector ser cada vez mais entregue aos sectores privados».
«Isso permitiria aumentar a produtividade, nomeadamente procurando novas formas de financiamento».
Ainda segundo João Vieira Lopes, na audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva, foram igualmente debatidas as «grandes dificuldades» que as empresas atravessam, nomeadamente no acesso ao crédito, e as «dificuldades que têm a ver com toda a própria dinâmica de crescimento do mercado que fica bloqueada pelas medidas recessivas tomadas recentemente».
Algumas dessas medidas, sublinhou, «são inevitáveis» face às pressões internacionais, mas irão ter «consequências efectivas».
A necessidade de uma maior regulação em termos de concentração de mercado foi outra das preocupações transmitidas pela direcção da Confederação na audiência com o Presidente da República.
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