O crescimento da economia portuguesa no segundo trimestre foi revisto em alta de 0,2% para 0,3%, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística. Mas o presidente do CDS/PP defende que a fragilidade da economia portuguesa se mede não por «ter 0,1 a mais ou 0,1 a menos», mas sim por ter «o zero».
No crescimento do Produto Interno Bruto, «é o zero que é o problema». Paulo Portas considera que Portugal «tem que crescer mais que a média comunitária» porque tem mais atraso.
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Em relação ao Orçamento do Estado, o líder do CDS não quis tecer comentários, por desconhecer o teor da proposta do Governo. Também não falou sobre últimos dados relacionados com a dívida portuguesa, por não os ter na sua posse.
PCP: revisão é «absolutamente inexpressiva»
Também o PCP já reagiu à revisão em alta do crescimento do PIB português. «Trata-se de uma revisão absolutamente inexpressiva». Uma «leitura mais atenta leva a constatar um abrandamento do crescimento, também ténue, registado no primeiro trimestre», afirmou à agência Lusa Vasco Cardoso, da comissão política do PCP.
Para o PCP, os indicadores hoje divulgados «ao contrário do que o Governo procura fazer crer revelam que a economia portuguesa não está bem». O partido acredita que é um cenário de «estagnação económica» que vai caracterizar o país nos próximos tempos.
«A um ténue crescimento do PIB associa-se uma escalada desastrosa do desemprego». Mais: com as «medidas acordadas entre o PS e o PSD por via do PEC que terão um fortíssimo impacto recessivo» serão, juntos, «um factor de abrandamento do consumo interno e do abrandamento público e de abandono da produção nacional».
PIB: INE revê em alta crescimento para 0,3%
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