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Desemprego em Espanha no valor mais alto de sempre

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País vizinho contava com 4,2 milhões de pessoas sem trabalho em Janeiro

[Notícia actualizada às 13h00 com reacção do primeiro-ministro espanhol]

É o valor mais alto de 1996 e surge numa altura em que o próprio primeiro-ministro admite ser difícil baixar estes números preocupantes: Espanha tinha mais de 4,2 milhões de pessoas sem trabalho em Janeiro, um aumento de 3,2% face ao mês anterior.

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Dados do Ministério do Trabalho do país vizinho mostram, em pormenor, que 4.231.003 pessoas (mais 131 mil do que em dezembro) estavam desempregadas no mês passado), o nível mais elevado desde que se começou a recolher esta estatística de forma equivalente, em 1996.

Ainda assim, apesar do aumento e do nível recorde, o crescimento foi menor do que o registado no mesmo mês de 2010.

80% dos novos desempregados vêm dos serviços

A secretária de Estado do Emprego espanhola, Mari Luz Rodriguez, admitiu em comunicado que os dados são «negativos», mas lembrou que, tradicionalmente, o mês de Janeiro é mau para o emprego.

Apesar disso, Rodriguez considerou que o acordo social que será assinado esta quarta-feira pelo Governo, sindicatos e patrões permitirá melhorar as condições do mercado laboral espanhol.

Na análise dos dados, o Ministério do Trabalho refere que o aumento do desemprego atingiu mais as mulheres (mais 79 mil, um aumento de 3,8%) comparativamente ao crescimento de 2,5% entre os homens.

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O desemprego aumentou em todos os sectores, mas sentiu-se especialmente nos serviços de onde vieram 80% dos novos desempregados.

«Não há consolo nem atenuante nestes números»

O prmeiro-ministro espanhol já veio reagir a estes dados oficiais: «Este é um mês sazonalmente mau, mas não há consolo para os dados do desemprego, nem atenuante. Mas muito menos resignação perante esses dados e, por isso, assume especial significado o acordo de hoje», disse Rodriguez Zapatero, esperando que este seja um problema que o novo acordo social, hoje assinado, possa ajudar a resolver. Um acordo que «aborda uma reforma muito profunda, a mais ambiciosa das políticas activas de emprego, com medidas de cariz estrutural que partem da constatação de que há que fazer mudanças nos serviços de emprego e no desenho de itinerários personalizados para desempregados».

Zapatero lembrou que o desemprego em Espanha «não é conjuntural» e que mesmo «nos bons momentos» o país duplicava a média europeia de desempregados.

O que fazer? É preciso «crescer, mas também crescer melhor» com «reformas como as contidas neste acordo, que actuam directamente sobre as políticas que fomentam o emprego e a contratação» no país.

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