O que podem Passos Coelho e António Costa, cada um deles, garantir a um trabalhador da classe média com 50 anos sobre a reforma que essa pessoa irá receber, daqui a uns anos e com 40 anos de descontos? Esta pergunta aqueceu o debate entre os líderes do PSD e do PS, respetivamente, no frente-a-frente exibido nas três televisões generalistas, pela primeira vez.
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"Um cidadão nessas condições, para ter confiança, tem de ter também a certeza ou a garantia que o estado fará a reforma da segurança social que lhe permita receber. Hoje é isso que está em causa, temos de nos entender. Não vamos fazer nenhum corte de 600 milhões das pensões"
"A reforma estrita que os senhores propoem é privatizar parte da segurança social alocando-a aos privados, o que é uma medida definitiva (...) e irá criar buraco no financiamento da segurança social. O plafonamento é aventura que não podemos aceitar. Segurança social é o programa que temos, sem corte nas pensões e reforçando o financiamento da segurança social"
Acusou, depois, o PS de propor um plafonamento encapotado:
"Está lá escrito de uma forma não assumida, mas está no seu programa. O PS tem uma medida de reforma para a segurança social que é o plafonamento, um plafonamento vertical... o PS entende que é preciso fazer estímulo à procura, as pessoas a descontar menos para a segurança social, porque assim ficam com mais dinheiro. É o tal momento política José Sócrates...."
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"Quer falar em risco e insegurança? Insegurança e risco é aquilo que o PS propõe, perdas para a segurança social já assumidas Você tem fé, confiança que tudo se há-de resolver", ironizou.
Apesar da clara divergência de argumentos, Passos Coelho considerou que numa coisa as duas forças políticas poderiam estar em sintonia: "Não deverá muito difícil pormo-nos de acordo em encontrar alternativas de financiamento para a segurança social, sem mexer nas pensões, que possa resolver o problema dos 600 milhões de euros".
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