Portugal está «perante um desemprego recorde», de 15%, que é «resultado das políticas recessivas do Governo», a quem o Partido Socialista acusa de «virar as costas» a quem não tem trabalho.
«Estamos perante um desemprego recorde, 15% na taxa de desemprego do Eurostat. o Partido Socialista avisou que isto ia acontecer, é o resultado das políticas recessivas, das políticas de austeridade, que dão naturalmente um aumento do desemprego», disse à Lusa o dirigente e deputado socialista Miguel Laranjeiro.
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«O desemprego é a chaga social mais grave que Portugal enfrenta neste momento e há uma insensibilidade social por parte do Governo, por parte do primeiro-ministro» em relação a este problema.
«Ainda na semana passada, o primeiro-ministro, referindo-se aos números do desemprego, mostrou que a sua preocupação não era com os desempregados nem com o desemprego em si, mas com o impacto financeiro que isso tinha nas contas públicas», acrescentou o dirigente socialista, referindo-se a declarações de Passos Coelho durante uma entrevista à TVI.
Para o PS, trata-se da «prova da insensibilidade do Governo».
«Hoje, mais de um milhão e duzentos mil portugueses, entre desempregados e inativos, não tem trabalho e aquilo que o Governo tem para resposta é nada ou a emigração».
Ou seja, «não tem soluções e vira as costas aos desempregados».
Também o Partido Ecologista Os Verdes acusou o Governo de criar "«políticas de liquidação de emprego».
«Não basta o primeiro-ministro afirmar na Assembleia da República que infelizmente o desemprego vai crescer, como se assistisse impávido e sereno a essa realidade. O que infelizmente acontece é que temos um Governo que cria políticas de liquidação de emprego», afirma o partido em comunicado.
Os Verdes defendem que «15% é uma meta demasiado alta» e que Portugal deve «entender como primeira frente da batalha o combate ao crescimento do desemprego, com dinamização da atividade produtiva e com políticas públicas geradoras de emprego».
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