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Automóvel: preço dos seguros cai 30%

Concorrência elevada entre empresas do sector tem levado a melhores preços e serviços. Clientes estão cada vez mais satisfeitos

Os seguros estão cada vez mais baratos. Nos últimos anos, graças à elevada concorrência no sector, a tendência de descida do valor dos prémios tem sido generalizada, mas mais visível no ramo automóvel. Quem o diz é a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), que calcula em cerca de 30% a quebra média nos últimos seis ou sete anos.

O valor foi facultado pelo presidente da associação, Pedro Seixas Vale, na apresentação do índice de satisfação do consumidor para o sector financeiro. «Nota-se uma forte tendência de diminuição de preços, sobretudo no ramo automóvel. Nos último seis ou sete anos, os prémios registaram uma diminuição média de cerca de 30%, no que se refere à responsabilidade civil, que é a componente mais importante», afirmou.

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A tendência só não é acompanhada pelo segmento dos seguros de saúde, onde a estrutura de custos é determinante para a formação de preço. Este segmento «reflecte, regra geral, em dobro, a taxa de inflação».

Os resultados do European Consumer Satisfaction Índex (ECSI) para Portugal relativo ao sector segurador mostram um público cada vez mais satisfeito com o serviço prestado: a avaliação melhorou em todos os critérios analisados, com especial destaque para o tratamento de reclamações, e os aspectos mais valorizados são a imagem e a qualidade.

A maioria dos consumidores de seguros é pouco leal a uma marca, porque é sensível ao preço (mais de 84%), mas a grande maioria (mais de 80%) dizem que o preço só os faria mudar de empresa se a diferença face ao prémio actual fosse superior a 20%.

Dados que o presidente da APS olha com alguma desconfiança. «Acredito que as pessoas estão a ter um comportamento diferente daquilo que dizem pensar, acho que trocam de seguradora por diferenças de preço inferiores, possivelmente influenciadas pelos distribuidores e agentes».

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«Pode ver-se pela boa avaliação na qualidade e no preço apercebidos que o nível de preços que praticamos está adequado à qualidade do serviço», comentou Pedro Seixas Vale.

O presidente da associação que representa o sector considera que os dados agora divulgados «contrariam o preconceito que existia, de que o sector não tinha qualidade. Considero que houve uma revolução silenciosa no sector, nos últimos anos, feita de forma exemplar. Não é por acaso que temos uma dimensão tão positiva em Portugal: temos um volume de negócios anual superior a 15 mil milhões de euros, é maior do que todo o sector da distribuição, que anda nos 14 mil milhões».

O estudo à satisfação dos consumidores de seguros foi levado a cabo pela Universidade Nova de Lisboa, em parceria com o Instituto Português da Qualidade e a Associação Portuguesa da Qualidade (IPQ e APQ). Foram realizadas 4.041 entrevistas a clientes de 12 seguradoras. A empresa com melhor avaliação foi, pelo segundo ano consecutivo, a Generali, sendo que nem os autores do estudo nem a APS quiseram revelar os nomes das seguradoras com piores níveis de satisfação. «Mesmo a última tem um nível de satisfação elevado. A diferença entre as classificações das várias empresas é muito pequena», assegurou apenas Pedro Seixas Vale.

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