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Bancos não conseguem dinheiro e apertam concessão de crédito

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Terceiro trimestre será ainda pior

Os bancos portugueses enfrentaram dificuldades acrescidas em aceder a financiamento no mercado interbancário no segundo trimestre deste ano. O crédito saiu-lhes mais caros e a percepção do risco também se deteriorou. Razões suficientes para levar os bancos a serem mais exigentes também ao concederem crédito aos clientes.

De acordo com o inquérito aos bancos efectuado pelo Banco de Portugal, «as perturbações nos mercados de financiamento por grosso agravaram-se substancialmente ao longo do segundo trimestre de 2010». A deterioração foi transversal a todos os mercados em análise, com os bancos a queixarem-se de mais dificuldades no acesso ao crédito a curto e muito curto prazo.

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Por isso mesmo, os bancos também apertaram os critérios de concessão de empréstimos e de forma «considerável», sobretudo no financiamento às empresas. Entre os sinais da maior exigência dos bancos está o aumento dos spreads cobrados e a exigência de outras condições contratuais.

«Os critérios de concessão de empréstimos a sociedades não financeiras tornaram-se consideravelmente mais exigentes no segundo trimestre de 2010. O aumento do grau de restritividade foi mais intenso do que no trimestre anterior, tendo sido transversal aos vários segmentos e maturidades. No caso dos particulares, apesar de mais reduzido, verificou-se também um aumento da restritividade nos critérios de concessão de empréstimos», pode ler-se no relatório do Banco de Portugal.

Daqui para a frente, os portugueses não podem contar com grandes melhorias, antes pelo contrário: os bancos apontam para que, também no terceiro trimestre, os critérios de concessão de crédito a empresas se tornem «mais restritivos em todos os segmentos, com especial ênfase no segmento de empréstimos a longo prazo».

Também «no que respeita aos empréstimos a particulares, os bancos inquiridos antecipam um aumento da exigência dos critérios de aprovação de empréstimos quer para aquisição de habitação quer nos empréstimos para consumo e outros fins».

Em termos de procura, a crise também está a ter os seus efeitos: os portugueses pediram menos dinheiro emprestado, quer para comprar casa, quer para financiar o consumo. A influenciar esta quebra estiveram as «perspectivas relativas ao mercado da habitação» e ainda a queda da confiança entre os consumidores.

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