O secretário-geral do PSD diz que o caminho não é o de aumentar impostos, mas cortar na despesa inútil do Estado.
«O caminho de Portugal não é o de aumentar impostos, mas o de cortar na despesa do Estado, das empresas públicas. Há muita despesa inútil», declarou Miguel Relvas aos jornalistas à entrada para uma sessão de tomada de posse dos órgãos concelhios do PSD/Lisboa e citado pela Lusa.
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Interrogado se o PSD é favorável a um aumento de impostos, designadamente do IVA, o secretário-geral social-democrata recusou. «O que o líder do PSD [Pedro Passos Coelho] tem dito é que, por princípio, somos contra o aumento de impostos, esse é o nosso caminho. Mas também somos contra a distribuição injusta de sacrifícios», disse.
Segundo Miguel Relvas, o PSD afasta «o aumento dos impostos, porque entende que o caminho, em circunstâncias normais, face aos números que estão em vigor, é o de cortar na despesa do Estado, controlar e melhorar a gestão das empresas públicas».
O possível aumento de impostos pelo PSD, caso venha a formar Governo, gerou polémica esta quinta-feira. Primeiro, o mesmo Miguel Relvas, confrontado pela TSF, não afastou a possibilidade de o seu partido aumentar o IVA para 24 ou 25%. «Está tudo em aberto», afirmou.
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Durante o mesmo dia, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho viria a admitir o mesmo: desconhecendo a actual situação das contas públicas, o social-democrata disse não poder prometer que não aumentaria os impostos. Mas explicou, que caso o fizesse, optaria por subir os impostos sobre o consumo (onde se incluem o IVA e também os impostos especiais sobre tabaco, combustíveis e álcool) em detrimento dos impostos sobre rendimento (IRC e IRS). Passos garantiu antes que não cortaria rendimentos (salários e pensões).
«Sempre dissemos que, em última circunstância, entre criar condições para diminuir o consumo ou cortar no rendimento das pessoas, o PSD não está disponível para continuar a cortar no rendimento das pessoas», frisou Miguel Relvas.
Acusando o PS de distribuir mal os sacrifícios, defende «outro caminho para as medidas de austeridade. Se temos de pedir sacrifícios, sem demagogia, também temos de saber distribuir esses sacrifícios».
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