A taxa de juro média cobrada pelos bancos portugueses subiu em Agosto para os 3,64%, o nível mais elevado dos últimos 17 anos. A subida espelha o aumento das taxas Euribor e o agravamento dos «spreads» pagos pelos clientes.
Euribor: taxas continuam a subir
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De acordo com o jornal «Diário Económico», além de cobrar mais, a banca também está a fechar a «torneira» de acesso ao crédito para evitar ter de pedir mais dinheiro ao Banco Central Europeu (BCE).
No crédito à habitação, com maior impacto junto dos particulares, a TAEG média das novas operações aumentou de 3,44%, em Julho, para 3,64% em Agosto. Uma subida de 20 pontos base que surge após seis aumentos consecutivos nos últimos meses.
Crédito à habitação: prestações voltam a subir este mês
Esta orientação faz-se sentir desde o início do ano e deve-se não só ao aumento dos indexantes [na maioria dos casos, as taxas Euribor], mas também ao alargamento dos prémios de risco, ou seja, os «spreads».
«Os bancos estão a aumentar os «spreads» uma vez que o risco também é maior. Veja-se os níveis do crédito malparado. Para mitigar este efeito, os bancos sobem os prémios de risco», refere um analista citado pelo mesmo jornal.
Mas não são apenas os particulares que sentem o peso da subida dos «spreads». A taxa de juro média para os empréstimos da banca às empresas também subiu em Agosto.
Nos créditos até um milhão de euros, a taxa média de financiamento das novas operações passou de 5,36% para 5,61%. Já nos empréstimos superiores a um milhão de euros aumentou de 3,38% para 3,63%.
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