Desempregados com mais de 45 anos e beneficiários com mais de seis meses de subsídio vão ser chamados aos centros de emprego, nos próximos três meses, para reforçar «o retorno ao mercado de trabalho».
Estas medidas constam do Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, aprovado em Conselho de Ministros e publicado esta sexta-feira no Diário da República, e integram-se num eixo mais abrangente que visa «articular medidas ativas e passivas de emprego».
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O Governo pretende também diminuir as fraudes, recorrendo a entrevistas acompanhadas, e vai permitir conjugar parcialmente o subsídio de desemprego com determinadas ofertas de emprego a tempo inteiro.
O programa contempla oito eixos para acelerar a contratação e formação de desempregados, estabelecendo como meta um aumento de 3.000 colocações mensais até 2013 e a captação de mais 2.500 ofertas de trabalho por mês.
Prevê ainda a criação de um gestor de carreira que vai «assegurar um acompanhamento próximo e contínuo» a um determinado número de desempregados.
Os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostram que o número de inscritos a cargo de cada funcionário dos centros de emprego aumentou 46 por cento em quatro anos (de 402.545 para 576.383 indivíduos), enquanto os funcionários diminuíram.
No final de 2011, o IEFP contabilizava 4.099 técnicos de emprego, ao passo que em 2008 registava 4.170.
Em 2008 cada funcionário atendeu, em média, 96 inscritos, no ano passado esse número aumentou para 140.
O diploma publicado esta sexta-feira refere que as unidades orgânicas locais do serviço público de emprego vão ser avaliadas, de acordo com as colocações de cada desempregado, sendo atribuído «um grau de distinção em função da respetiva eficiência», sem detalhar como vão ser premiados.
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