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Época natalícia dominada por produtos «made in China»

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O fato vermelho do Pai Natal, que será vestido na noite de Consoada, as luzes que piscam no pinheiro, e as prendas para pequenos e graúdos têm em comum a etiqueta made in China.

Os artigos chineses foram conquistando espaço nas lojas portuguesas e, nos últimos anos, estenderam-se para espaços próprios de grandes dimensões, geridos por imigrantes chineses, onde é possível encontrar um pouco de tudo a um preço imbatível.

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Apesar da China não ter a tradição do Natal, há muito que as linhas de produção das suas fábricas se vestiram de vermelho, verde e dourado com o fabrico dos adereços que durante esta quadra decoram as casas ocidentais, como as coroas para pendurar nas portas, as iluminações e os berloques para enfeitar os pinheiros bem como os fatos da mítica figura do Pai Natal.

Na hora de abrir os presentes, a probabilidade de também serem produzidos naquela que é considerada a fábrica do mundo é francamente elevada: os brinquedos para os mais novos, os cachecóis e as peúgas para os mais velhos, as máquinas fotográficas, os plasmas e o material informático. O Pai Natal afinal tem uma fábrica de brinquedos com duendes atarefados, mas a maioria deles está no outro lado do mundo.

Até as prendas mais desejadas e caras deste Natal - o novo iPad, o tablet da Apple, e a consola de jogos Wii bem como a maioria dos telemóveis de última geração - não fogem à regra: viajaram do país oriental para fazer as delícias dos portugueses. É normal, na etiquetagem destes produtos encontrar o famoso Made in China ou Assembled in China.

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No ano em que os portugueses tencionam gastar menos com as compras de Natal, os artigos chineses ou produzidos na China continuam a liderar as suas preferências, mesmo que não tenham efectiva consciência da sua proveniência.

É que no momento da escolha, em que se procura satisfazer vontades de miúdos e graúdos, a etiqueta acaba por ser relegada para segundo plano.

A invasão chinesa ao Natal português não consegue, porém, ultrapassar as barreiras gastronómicas, uma vez que a tradição ainda continua a gritar «bacalhau», «polvo» ou «peru» e nem quer ouvir falar em «chop suey», apesar de os restaurantes chineses estarem abertos todos os dias do ano, incluindo consoada, Natal, fim de ano e ano novo.

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