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Governo corta no apoio social. Veja quanto e quem é afectado

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Reduções podem chegar aos 30%. Quem recebe prestações vai ter rendimentos passados a pente fino. Confira os exemplos

O Governo vai cortar ainda mais os apoios sociais. A partir de 1 de Agosto vão ser reduzidos o Rendimento Social de Inserção (RSI), subsídio social de desemprego e o abono de família. Os cortes estão inscritos no plano de austeridade.

«Cortes foram objecto de acordo com PSD»

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Mais de 2 milhões de beneficiários vão ser investigados pela segurança social. Quase todos estão incluídos: recebam eles rendimento social de inserção, subsídio social de desemprego ou abono de família. Na prática, isto significa que muitos subsídios poderão baixar de valor ou mesmo ser cortados.

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O objectivo é reduzir as transferências para a Segurança Social. E o Governo quer alcançá-lo de duas maneiras: primeiro, alargando o que o Estado considera como família; ou seja, quase todos aqueles que vivam em comum com o beneficiário, seja em união de facto, sejam parentes até ao terceiro grau, ous filhos adoptivos. A todos será feita uma avaliação do rendimento. O limite é de 100 mil euros. Ou seja, o agregado familiar alargado, não poderá ter um património superior a 100 mil euros, seja em acções ou em dinheiro.

Mas os salários, as pensões, e as rendas, também passam a entrar nas contas da Segurança Social.

Novas regras são mais «transparentes»

Para ter acesso a toda esta informação, quem recebe os apoios sociais, terá também de autorizar a Segurança Social a cruzar dados pessoais com o fisco e a levantar o sigilo bancário.

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A comparticipação de medicamentos, as taxas moderadoras, as pensões de alimentos ou os apoios da acção social escolar, também vão passar a estar na mira da Segurança Social e das Finanças.

Vamos a exemplos: no Rendimento Social de Inserção (RSI) os cortes podem chegar aos 30%. Mas a contenção na despesa do Estado vai mais longe. O Governo vai eliminar uma série de apoios a deficientes, doentes crónicos e idosos dependentes.

Os cortes vão assim variar de família para família: um casal com três filhos menores, em que a mulher tem rendimentos de trabalho a tempo parcial de 250 euros, e o marido uma pensão de 80 euros, recebe actualmente de RSI 420 euros. Com as novas regras, o valor cai 19%, e esta família passa a receber 326 euros.

Num segundo caso, se o mesmo casal tivesse apenas um filho menor estaria a receber 193 euros. A partir de agora, a prestação cai, neste caso, 30%, e desce para os 137 euros.

O RSI é calculado através de uma fórmula que tem em conta a composição familiar e os rendimentos do agregado familiar. Mas uma vez que o Governo vai alterar as percentagens, o resultado do cálculo, que equivale às ajudas do Estado, vai ser inferior.

O Governo vai também anular os artigos que garantiam o aumento das prestações às grávidas e no 1º ano de vida das crianças e eliminar apoios extraordinários a deficientes, doentes crónicos e pessoas idosas dependentes.

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