O negócio tem andado mau e, mesmo com o Natal à porta, os comerciantes não querem arriscar. Quando ainda falta um mês e meio para as festas, muitas lojas apostam já em Promoções de Outono e Promoções de S. Martinho.
O ano não foi dos melhores e cerca de metade dos comerciantes espera um Natal pior que em 2009, escreve o «Jornal de Notícias».
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Com os consumidores mais pessimistas e mais poupados, por causa da crise e do desemprego, as medidas de austeridade, conhecidas em Outubro, só vieram piorar ainda mais o panorama e os lojistas também não olham com grande ânimo para o final do ano. A maioria dos portugueses ainda não recebeu o subsídio de Natal, por isso as compras ainda não arrancaram em massa e, para atrair clientes, as promoções são um truque recorrente, nas lojas e nos hipermercados.
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, Vieira Lopes, disse ao «JN» que a grande quebra do consumo deverá chegar em 2011, «quando as pessoas sentirem o impacto da quebra do rendimento e do aumento dos impostos». Por agora, precisa, as promoções, podem até ajudar a «recuperar o atraso na facturação» registada em 2010. A mesma opinião é manifestada pelo presidente da Associação dos Comerciantes do Porto. Uma convicção que tem por base a esperada redução do consumo e os efeitos da liberalização dos horários ao fim de semana. As promoções antecipadas e o arranque dos saldos mal passa o Natal também estão a deteriorar as margens do comércio, e a ACPorto equaciona mesmo pedir uma mudança da lei.
Quem continua a escapar incólume à crise são os artigos de luxo. Promoções fora de tempo é coisa que não entra nas lojas de luxo da Avenida da Liberdade (Lisboa). Lá dentro também não se fala de crise nem de quebras nas vendas, até porque a maioria dos clientes são turistas.
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