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Quadros do Estado «preocupados» com planos do Governo

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Bettencourt Picanço avisa que funcionários públicos já deram para o peditório dos sacrifícios com a redução salarial

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) está «preocupado» com as medidas relativas à Administração Pública elencadas no Programa do Governo.

«São medidas que, até à sua concretização, preocupam, na medida em que apontam para uma redução do número de trabalhadores e para uma redução dos serviços, havendo ainda uma nova edição do PRACE», sublinhou o presidente da estrutura sindical, Bettencourt Picanço, à Agência Financeira.

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Para o sindicalista, o problema é que ainda não se sabe «que medidas de gestão vão acompanhar» estas linhas.

No que se refere ao programa de rescisões amigáveis, o STE não tem «nada a apontar», mas no que toca à «fusão, extinção e redução de serviços», a coisa muda de figura. «Não sabemos de que forma é que isto vai ser feito, mas sabemos que o objectivo é reduzir os encargos e reduzir o número de trabalhadores. E essa redução pode ser feita de outra forma que não através de rescisões amigáveis».

No que se refere a uma segunda edição do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PARACE), Bettencourt Picanço lembra que, da primeira vez, «a mobilidade especial não teve em conta medidas gestionárias de colocação dos trabalhadores» e defende que é preciso «rever quais os serviços que foram criados sem necessidade, apenas para remunerar melhor os gestores».

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«Há serviços com mais trabalhadores em regime de outsourcing do que públicos», lembra, sublinhando também que «se há serviços com pessoal a mais, há outros carecidos de pessoal, como a saúde e a educação».

«O Programa aponta para a dignificação e valorização dos trabalhadores. Isto é muito bonito, mas agora é preciso saber como todas estas intenções vão ser postas em prática», refere, deixando desde já claro que a função pública não tolerará «mais sacrifícios. Já demos para esse peditório com a redução salarial. Não toleraremos mais reduções de remunerações», avisa.

Outros sindicatos também já se manifestaram relativamente ao Programa do Governo, considerando que o mesmo vai agravar a crise e aprofundar as injustiças.

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