A situação é de aperto e os mais jovens começam a acreditar que não terão direito a reforma no futuro. Por isso, a certeza de que terão de ir fazendo o seu próprio mealheiro está a ganhar cada vez mais expressão.
Apesar do pessimismo e da falta de confiança no Estado como garante de um rendimento na velhice, a verdade é que a maior parte dos jovens (69%) ainda não começou a poupar dinheiro... pelo menos para esse fim.
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É o que conclui o AXA Barómetro Reforma 2010, mostrando que três em cada dez jovens trabalhadores (entre os 25 e 34 anos) acreditam que terão de contar «apenas com eles próprios para assegurar um rendimento de pensão suficiente, rejeitando a total dependência da pensão estatal para garantir o bem-estar nesta fase da vida», lê-se num comunicado.
Embora 55% dos trabalhadores entre aquelas idades tenham hábitos de poupança bem definidos, deixando regularmente dinheiro de parte algum dinheiro, ele não é canalizado necessariamente para a reforma. As aplicações recaem mais sobre seguros de vida e de saúde.
Pé-de-meia é de 2.400 euros por ano
Mas vamos a valores: este barómetro, que contou com a participação de 500 pessoas activas entre os 25 e os 75 anos e 503 reformados ou pré-reformados entre os 55 e os 75 anos, revela que quase metade (49%) dos jovens poupa mais de 2.400 euros por ano, contra 29% entre os activos de meia-idade e 37% entre os trabalhadores em final de carreira.
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A crise económica tem mudado mentalidades nesta matéria e a verdade é que se tem notado uma diminuição na idade média de início da preparação para a reforma, agora nos 34 anos.
Mas, apesar de a consciência sobre o progressivo aumento da reforma ser generalizada, esta classe de trabalhadores deseja ainda poder reformar-se mais cedo, aos 57 anos, em vez da meta actual de 65.
Vem aí ano de poupança. Por onde começar?
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