O plano de ajuda europeu à Grécia num total de 30 mil milhões de euros pode implicar um empréstimo por parte de Portugal de mais de 700 milhões de euros, um valor que não é neutro para as contas públicas nacionais.
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Das duas uma: o Portugal emite dívida para poder emprestar dinheiro à Grécia e aí, agrava a dívida pública em 0,5 pontos percentuais, ou «desvia» o dinheiro de outras finalidades para emprestar à Grécia e aí o valor reflecte-se no défice.
Se o Governo optar por esta possibilidade, o défice português agrava-se em cerca de meio por cento, e de 8,3% previstos para este ano, o défice pula para perto de 8,8 por cento, caso seja cumprida a lógica aritmética e Portugal contribua com a parte que lhe cabe e empreste 774 milhões de euros, ou seja 73 euros a cada português.
Grécia: FMI deverá contribuir com 15 mil milhões de euros
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O valor representa 2,58% do total e é correspondente à participação portuguesa no capital do Banco Central Europeu.
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Mas Bruxelas também sabe que pode ser problemático exigir grandes empréstimos aos países que, por sua vez, também têm contas públicas pouco saudáveis, como é o caso de Portugal.
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O montante disponibilizado pelos Estados-membros ascende a 30 mil milhões de euros e será complementado e co-financiado pelo Fundo Monetário Internacional; e a ajuda só será prestada se Atenas o solicitar. Quer isto dizer que a ajuda só será activada a pedido do Governo grego.
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O valor do primeiro empréstimo será de 30 mil milhões de euros e o preço (taxa de juro) dos empréstimos bilaterais europeus será fixado segundo as fórmulas utilizadas pelo Fundo Monetário Internacional, rondando os 5% no primeiro ano, explicou o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários.
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A outra parte da ajuda será suportada pelo FMI, que deverá contribuir com 15 mil milhões de euros.
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