O presidente da CIP, António Saraiva, disse esta quarta-feira que os custos com o gás e a electricidade são factores de competitividade que estão a penalizar as empresas em Portugal e que devem ser minorados.
«Os custos de energia (electricidade e gás) têm de ser para nós um dos factores de competitividade que temos de ter em atenção, pois alguém paga a factura em algum momento», disse à agência Lusa o líder da Confederação do Comércio Português (CIP) no final da apresentação do Relatório da Competitividade 2010, em Lisboa.
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António Saraiva referiu também que a União Europeia (UE) tem custos de energia 21% mais caros do que os Estados Unidos e 200% se comparados com a China e que dentro da UE, Portugal continua a ter «custos diferenciados» com a Espanha.
O responsável pela CIP lamentou que «nunca mais» haja o MIBEL - Mercado Ibérico da Electricidade e defendeu a necessidade de minorar os efeitos que este factor tem na competitividade empresarial.
«O que seria desejável é que ao nível da Península Ibérica os custos da electricidade fossem pelo menos equiparados aos da Espanha», salientou.
Recorde-se que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou esta quarta-feira as tarifas de electricidade que vão vigorar em 2011. A factura de electricidade vai aumentar, em Janeiro, 3,8% para mais de 4,7 milhões de consumidores domésticos, 4% para 15 mil empresas e 10% para as 36 grandes indústrias.
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