A taxa de desemprego, em Portugal, está a atingir uma «dimensão preocupante». Quem o diz é o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que acredita que, a curtíssimo prazo, podem desaparecer mais de 98 mil postos de trabalho.
«Há uma dimensão preocupante daquilo que pode vir a ser o desemprego até ao final do ano e se porventura avançarem com a redução de três dias de férias e de quatro dias de feriado, isto pode originar, a curtíssimo prazo, o desaparecimento de mais 98 mil postos de trabalho», assegura Arménio Carlos, à margem de um encontro com o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP ), em Lisboa.
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O presidente da CIP, António Saraiva, mostrou-se também preocupado com o aumento da taxa de desemprego em Portugal e classifica de «inaceitável» que um país tenha um nível de população desempregada «desta dimensão».
Já a UGT classifica de «extremamente preocupantes e altos» os últimos dados do desemprego divulgados pelo IEFP, considerando que traduzem a «insuficiência das respostas» do Governo às «situações dramáticas» dos desempregados.
Arménio Carlos exige, por isso, mudanças nas políticas do Executivo e deixa um presságio: «infelizmente é uma tendência que vai agravar-se» e que o boletim Informação Mensal do Mercado de Emprego do IEFP confirma: «em março deste ano estavam inscritos nos centros de emprego 661.403 desempregados, mais 19,8% do que há um ano e mais 2,1% do que em fevereiro.
Más notícias que se arrastam ainda aos mais novos. Os jovens foram a faixa etária que mais se ressentiu com o aumento do desemprego: «houve um aumento de 25,4% o mês passado face ao mesmo período de 2011».
«Gostaríamos de dizer que tínhamos atingido uma situação limite, mas infelizmente não. O que constatamos é que há uma recessão da economia, uma destruição massiva de emprego e há também um aumento do número de trabalhadores que não veem renovado o seu contrato de trabalho e são obrigados a recorrer ao subsídio de desemprego», atira o novo líder dos sindicalistas.
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