Portugal é o terceiro país europeu que mais recorre ao trabalho temporário, a seguir à Espanha e à Polónia, com um em cada cinco trabalhadores com contrato a prazo.
Portugal é o terceiro país europeu com mais contratos a prazo, a seguir à Espanha e Polónia. Um em cada cinco trabalhadores tem um contrato a prazo, mais seis pontos percentuais que o verificado na UE27 (15%)”, revela um retrato do tecido empresarial português com dados de 2018, divulgado neste sábado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a propósito do Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME).
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Já nos países bálticos e na Roménia, esta situação atinge menos de 4% dos trabalhadores.
Quanto aos salários, 22% dos trabalhadores por conta de outrem recebia em 2018 o salário mínimo nacional (580 euros, à data), o triplo do valor registado em 2008 (7,4%).
A Pordata sublinha, contudo, que o salário mínimo nacional aumentou 23% naquele período, o equivalente a mais de 100 euros (a preços constantes), crescimento bem superior ao das remunerações médias mensais no mesmo período (4%, ou mais 35 euros).
No setor do alojamento e restauração, um terço dos trabalhadores recebia o salário mínimo em 2018, e nas indústrias transformadoras e nas atividades de saúde e apoio social, um quarto dos trabalhadores auferiam aquele ordenado.
A preços constantes, o aumento dos salários nas últimas décadas tem vindo a ser menor, conclui o relatório.
Se na década de 90 (entre 1988 e 1998), os salários aumentaram 32%, já na década de 2000 (entre 1998 e 2008) aumentaram 12% e na última (entre 2008 e 2018) 5%”, esclarece.
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Quanto ao perfil do empregador e do trabalhador, o estudo verificou que metade dos empregadores tem, no máximo, o 9.º ano de escolaridade.
Já nos trabalhadores por conta de outrem, essa relação é de dois para cada cinco.
Em duas décadas, a proporção de trabalhadores por conta de outrem com, pelo menos, o ensino secundário, aumentou em 35 pontos percentuais, enquanto do lado dos empregadores esse crescimento foi de 32 pontos percentuais.
Empresas portuguesas têm dimensão média mais baixa da UEPortugal tem, ainda, a dimensão média das empresas mais baixa da União Europeia, com 3,4 pessoas, tal como a Eslováquia, enquanto Alemanha e Luxemburgo têm a média mais alta, de pelo menos 10 pessoas.
De acordo com a Pordata, em 2018, as PME representavam 99,9% das empresas em Portugal e empregava, 78% do pessoal ao serviço.
Aquelas empresas foram ainda responsáveis por 56% do volume de negócios do total das empresas e 60% da riqueza (valor acrescentado bruto) criada no país.
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Quanto ao nascimento e morte de empresas, em 2017, Portugal ocupava o segundo lugar no ranking europeu da taxa de natalidade, com 16 empresas criadas por cada 100 existentes, e o terceiro na taxa de mortalidade, com 14 empresas extintas por cada 100 existentes.
Isto significa que por cada empresa que encerra, é criada uma nova.
Já em relação ao crédito bancário, os montantes dos empréstimos concedidos às empresas são hoje menos de metade dos valores concedidos entre 2003 e 2005.
Desde 2015 que mais de metade dos montantes dos empréstimos são iguais ou inferiores a um milhão de euros.
Em 2018, mais de um quinto das empresas (21%) tinham crédito malparado (menos 10 pontos percentuais que em 2014, ano com maior percentagem de empresas com crédito malparado desde 2002).
Do montante dos empréstimos concedidos, 9% estava em incumprimento em 2018.
Proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas de 6 de abril de 2017, o Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas assinala-se, anualmente, em 27 de junho, com o objetivo de evidenciar a importância dos pequenos negócios nas economias locais e global.
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