O primeiro-ministro repetiu esta terça-feira que Portugal não vai pedir ajuda externa, porque não precisa dela. Numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças, o chefe do executivo criticou fortemente a especulação em trono de um eventual resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI), classificando-a de prejudicial para o país.
«O país está a fazer o seu trabalho e bem. O défice abaixo de 7,3% em 2010 é provavelmente o primeiro resultado que o país apresenta como estímulo à confiança dos mercados internacionais», apontou.
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Por isso mesmo, garante, «o Governo português e Portugal não vai pedir nenhuma ajuda financeira, pela simples razão que não é necessário. Portugal tem condições de se financiar no mercado e está determinado a fazer o seu trabalho, que já começou em 2010, e que é para continuar em 2011».
Para José Sócrates, «todos os rumores sobre resgates e FMI são expressões, declarações e especulações que não ajudam o nosso país. Isso prejudica os interesses do país, só agrava as condições de mercado, só ajuda os especuladores que agem contra Porugal e contra o euro», insistiu, afirmando que, depois desta declaração, espera que «toda a especulação se desvaneça de vez».
O governante mostrou-se «confiante» que o leilão de dívida pública de longo prazo agendado para amanhã «correrá bem».
Questionado sobre as notícias que dão conta de uma operação de venda directa de 1,1 mil milhões de euros de dívida à China e do eventual interesse do Japão em comprar dívida nacional, José Sócrates limitou-se a dizer que, «naturalmente, com a conjuntura de agravamento dos spreads que se vive em todo o mundo, o país decidiu diversificar as suas fontes de financiamento».
Défice de 2010 ficará «bem abaixo» de 7,3%
Teixeira dos Santos não vê necessidade de ajuda externa
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