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Constâncio defende corte de salários públicos e nas empresas

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Governador diz que corte tem de ser para todos

O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, defendeu esta sexta-feira à noite que a redução de salários necessária para cortar o défice orçamental deve aplicar-se tanto no sector da função pública, como no sector privado.

«A haver qualquer medida desse género, seja por uma via directa, seja por via de impostos, é evidente que tem de ser para todos», afirmou citado pela Lusa. O governador falava à margem de um jantar em sua homenagem no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em Lisboa.

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Vítor Constâncio, que a partir de 01 de Junho assume as funções de vice-presidente do Banco Central Europeu, defendeu que a evolução do problema dos desequilíbrios orçamentais e de dívida nos países membros da Zona Euro requer alterações no sistema de vigilância e governação. «Isso implicará alguma mudança não só nos mecanismos de vigilância, mas também alguma modificação no regime de sanções. O que se verificou nestes anos é que as várias instituições e regras previstas não funcionaram perfeitamente e algo vai ter que mudar», acrescentou.

Sobre a possibilidade de um travão constitucional ao endividamento, Constâncio afirmou que este é «várias soluções são possíveis. Todos os países membros são culpados pela actual situação, uns porque tiveram comportamentos menos adequados e outros porque não souberam exercer a vigilância prevista. Todos têm que aceitar reformas e a redução adicional da sua margem de autonomia», defendeu.

Questionado sobre se as medidas tomadas pelo Governo serão suficientes para a redução do défice, o governador do Banco de Portugal começou por realçar que «a execução orçamental até Abril está a correr bem» e considerou que «se isso se confirmar, o cenário será um. Se daqui a alguns meses se verificar que a economia desacelera e que a execução orçamental já não se afigura tão positiva, a avaliação poderá ser outra», sublinhou.

Vítor Constâncio será substituído no Banco de Portugal por Carlos Costa.

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