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Mais de um quarto da população em privação material em 2013

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Segundo dados do INE, a situação agrava-se na população infantil

Mais de um quarto da população residente em Portugal encontrava-se em privação material em 2013, uma situação que se agrava na população infantil (29,2%), segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.Considera-se privação material quando um agregado não tem acesso a pelo menos três itens de uma lista de nove relacionados com necessidades económicas e bens duráveis.Na lista, estão incluídos itens como atrasos no pagamento de rendas, empréstimos ou despesas correntes da casa, não conseguir comer uma refeição de carne e peixe de dois em dois dias, não ter carro, televisão ou máquina de lavar roupa ou não conseguir fazer face ao pagamento de uma despesa inesperada, entre outros.Já a proporção de população em pobreza consistente (simultaneamente em risco de pobreza e privação material) era de 10,4% em 2013, contrariando a tendência de ligeira descida que se verificava desde 2010 (8,5% em 2010, 8,3% em 2011 e 8,2% em 2012), referem os resultados definitivos do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2013, sobre rendimentos de 2012, privilegiando uma análise sobre a condição particular da população infantil.Esta situação acentua-se na população infantil, com um valor superior em quase cinco pontos percentuais face à restante população.Segundo os dados, 15% dos menores encontravam-se em pobreza consistente, um valor superior ao observado em 2010 (11,8%), em 2011 (11,%) e em 2012 (11,6%), adiantam os dados divulgados a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza (17 de outubro).Os dados indicam também que o risco de pobreza das famílias com crianças dependentes tem vindo a agravar-se, aumentando de 19,1% em 2009 para 22,2% em 2012, ao contrário das famílias sem crianças dependentes que tem vindo a registar «uma ligeira melhoria» (16,5% em 2009 e 15,0% em 2012).«Em Portugal, tal como na UE27, os agregados com crianças dependentes mais afetados pelo risco de pobreza têm sido, consistentemente, os agregados compostos por dois adultos com três ou mais crianças e por um adulto com, pelo menos, uma criança dependente», sublinham.A situação em termos de risco de pobreza destes agregados em Portugal, em 2012, foi estimada em 33,1% para as famílias constituídas por um adulto com, pelo menos, uma criança dependente e em 40,4% quando constituídos por dois adultos com três ou mais crianças.A nível da UE27 as taxas de risco de pobreza estimadas para os agregados constituídos por dois adultos com três ou mais crianças e por um adulto com pelo menos uma criança dependente são inferiores às registadas em Portugal: 26,8% e 31,8% em 2012.O inquérito salienta ainda que a taxa de intensidade da pobreza, que mede em termos percentuais a insuficiência de recursos da população em risco de pobreza, foi de 27,3% em 2012, registando-se um agravamento de 3,3 p.p. face ao défice de recursos registado em 2011 (24,1%) e de 4,6 p.p. relativamente a 2009.O valor de 2012 reflete ainda um agravamento considerável do distanciamento para a média na UE27, que tem registado valores estáveis, entre 23,4% em 2009 e 23,8% em 2012.

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