A taxa de desemprego em Portugal já está abaixo dos 9%. O INE divulgou a estimativa final para julho - 8,9% - , sendo que a estimativa provisória para agosto também aponta para os mesmos 8,9%. É preciso recuar nove anos para encontrar uma taxa tão baixa, segundo o Instituto Nacional de Estatística.
Corresponde ao valor mais baixo observado desde novembro de 2008, quando se registou igualmente uma taxa de 8,9%".
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Em julho, foram 8.900 pessoas que conseguiram arranjar trabalho e, assim, deixar as estatísticas negras. Ainda assim, o número de desempregados continua a preocupar: os dados oficiais apontam para que sejam 459.600.
A estimativa provisória da taxa de desemprego para agosto de 2017 aponta para 461.400 desempregados, ligeiramente mais do que julho, mas em percentagem global não há variação na taxa de 8,9%.
Ainda há poucos dias, numa ação de campanha para as autárquicas, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, reconheceu que "não nos podemos dar satisfeitos" quando ainda existem "mais de 400 mil portugueses no desemprego".
Hoje, na primeira reação governamental aos dados do INE, o secretário de Estado do Emprego disse que o país entrou “claramente numa fase muito diferente” de recuperação do mercado de trabalho baseada na “criação de emprego líquido”.
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Nas estatísticas do INE, há dados relativamente às pessoas que têm trabalho em Portugal: 4.697.800 em agosto.
Por comparação com julho, a população desempregada aumentou 8,4% para os jovens (7,100 pessoas), estando agora a taxa de desemprego entre quem tem 15 e 24 anos nos 24,6%. Ou seja, praticamente 1/4 dos jovens não tem trabalho.
A este propósito, o secretário de Estado preferiu realçar que, neste que "é um segmento particularmente complexo do ponto de vista da inserção no mercado de trabalho, há um ano atrás estávamos [em julho de 2016] nos 27,1% e agora [em julho de 2017] estamos nos 23,0%, ou seja, uma diminuição de quatro pontos percentuais neste segmento tão difícil”.
Mulheres ainda têm mais dificuldade em sair do desempregoPor outro lado, "a população desempregada manteve-se praticamente inalterada para os homens e as mulheres", destaca o INE.
Seja como for, as mulheres continuam a ter mais dificuldade em arranjar trabalho. A taxa de desemprego é de 9,4% no sexo feminino e excede a dos homens em 0,9 pontos percentuais. Entre eles, é de 8,5%.
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