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Grécia rejeita contraproposta dos credores

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Nova contraproposta, novo impasse. Segunda-feira Atenas enviou uma proposta aos credores, que foi analisada, tendo sido enviada uma contraproposta das instituições ao governo helénico, que a Grécia volta a rejeitar.

O Wall Street Journal teve acesso, nesta quarta-feira, ao documento de cinco páginas proposto por Atenas, que não está finalizado e constitui apenas uma base de trabalho. E o feedback negativo dos credores reflete-se nos sublinhados a vermelho que atravessam quase por inteiro a proposta grega.

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A contraproposta dos credores insiste num aumento das receitas do IVA e em cortes mais significativos na despesa pública, sobretudo ao nível das pensões. 

Mas quais são as principais diferenças entre as duas propostas?

IRC: Atenas propunha aumento de 26% para 29%. Credores querem aumento menor, de 28%

IVA: Atenas propunha receitas de 0,74% do PIB. Os credores pedem 1% do PIB em receitas adicionais

Pensões: Grécia propunha um aumento das contribuições para a segurança social pagas pelas empresas e a limitação das reformas antecipadas. Credores querem ver eliminado suplemento para as pensões mais baixas e cortes nas pensões mais altas. Também os timings são diferentes: enquanto os credores querem que as reformas no sistema de pensões sejam implementadas já em julho, Atenas chuta para outubro.

Na Alemanha, o porta-voz do ministro alemão das Finanças disse aos jornalistas no habitual briefing do Governo, que os credores foram muito generosos com Atenas.

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“Cremos que ainda há um longo caminho a percorrer”, afirmou em Berlim Martin Jaeger, sobre as negociações que decorrem em Bruxelas, com a realização de mais um Eurogrupo extraordinário para resolução da crise grega.   O responsável acrescentou que os credores fizeram concessões “excecionalmente generosas” ao Governo de Atenas e que agora “compete à Grécia chegar-se à frente”.

Entretanto na Irlanda, o ex-ministro irlandês das Finanças admitiu, esta quarta-feira, durante um inquérito parlamentar sobre a crise bancária em Dublin, que o seu Governo estudou um plano B para a saída do Euro, caso fosse obrigado a isso durante a crise de 2010/2012.

"Havia claramente trabalho feito sobre o que poderia acontecer se nos encontrássemos nessa situação e a saída fosse a única opção.  Era matéria bombástica", afirmou Kevin Cardiff.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse esta manhã, na sua conta do Twitter, que os  credores não aceitaram as propostas gregas para desbloquear a ajuda financeira.

governante reúne-se ainda nesta quarta-feira com os líderes do Banco Central Europeu, do Fundo Monetário Internacional e da Comissão Europeia, à margem do Eurogrupo, numa tentativa de alcançar um acordo antes do deadline do pagamento ao FMI a 30 de junho.

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