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Espanha à mercê «da histeria dos mercados»

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Presidente do BPI consdera «exagerada» a forma como está a ser analisada a situação da banca espanhola

O presidente do BPI, Fernando Ulrich, considerou «exagerada» a forma como está a ser analisada a situação da banca espanhola e atribui o pedido de ajuda à «histeria coletiva dos mercados».

«A banca espanhola não necessitaria de nada disto se vivêssemos num clima mais moderado e mais sensato», afirmou esta terça-feira o Fernando Ulrich à margem da cerimónia de assinatura do protocolo sobre mercado social de arrendamento, em Lisboa.

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No entender do banqueiro, «nem todos bancos espanhóis precisam de liquidez, mas apenas alguns, e aquilo que foi visto agora é diferente do que tinha sido visto nessa altura [aquando da realização dos testes de stress]».

«Na minha opinião, a forma como os bancos estão a ser analisados agora é absolutamente exagerada e é fruto desta histeria coletiva que se instalou nos mercados nos últimos anos», afirmou o presidente do BPI, acrescentando que dentro de um ou dois anos haverá a constatação de que «estes números eram absolutamente exagerados e desnecessários», o mesmo se passando nos bancos portugueses.

Reconheceu, contudo, que «havia uma preocupação com a situação de uma parte da banca espanhola e o facto de Espanha, por um lado, ter tomado uma série de medidas ao longo dos últimos meses e agora ter posto a situação num plano europeu, que foi aprovado até num plano muito maior do que Espanha necessita, é uma boa notícia» para assegurar a estabilidade financeira espanhola.

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«Espanha é um país fundamental da Europa e da zona euro, logo, são boas notícias e um fator de confiança no futuro», acrescentou.

O Governo espanhol apresentou formalmente na segunda-feira o pedido de apoio europeu à banca espanhola, até um máximo de 100 mil milhões de euros.

Os detalhes das condições do empréstimo ficarão estabelecidos num memorando de entendimento que se espera que esteja pronto na próxima reunião do Eurogrupo de 9 de julho.

Espanha anunciou que os seus bancos precisam de uma recapitalização até 62 mil milhões de euros, um valor muito inferior ao máximo que Bruxelas se mostrou disposta a avançar (100 mil milhões de euros).

A ajuda será avançada pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e depois pelo Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE), que deverá entrar em vigor a 1 de julho.

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