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FMI esclarece: previsões do PIB para 2013 estão corretas

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Comunicado garante que «efeito multiplicador mais elevado» já está inscrito nas previsões do Orçamento

O chefe de missão do Fundo Monetário Internacional para Portugal esclareceu esta quarta-feira que Portugal não precisa de rever a previsão do Produto Interno Bruto para 2013.

Em comunicado emitido esta noite, Abebe Selassie garante que a estimativa de contração de 1% do PIB têm em conta esse efeito multiplicador da austeridade, que aponta agora para que por cada euro gasto a menos pelo o Estado o PIB sofra uma contração entre os € 0,9 e os e os € 1,7 (superior ao que tradicionalmente era estimado de € 0,5).

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O que Selassie esclarece agora, depois do estudo divulgado no «World Economic Outllok» ter provocado polémica em Portugal esta semana, é que esse efeito multiplicador foi já tido em conta na quinta avaliação da troika, nomeadamente com a flexibilização da meta do défice, e que esse impacto está já previsto no Orçamento do Estado para 2013.

«Importa salientar que as conclusões de regressões com uma série de países, como as do referido estudo, não podem ser usadas como base para definir com precisão o tamanho apropriado do multiplicador de um país específico», diz ainda o chefe de missão do FMI, para acrescentar que as previsões acordadas «efetivamente presumem a atuação de um multiplicador orçamental mais elevado».

Na conferência de imprensa do orçamento, Vítor Gaspar desvalorizou as conclusões deste estudo, nem revelou qual o efeito multiplicador inscrito nas previsões para 2013. Agora o chefe de missão do FMI vem garantir que o efeito multiplicador está já incluído nas previsões do PIB para 2013, e que todas estas questões serão «discutidas» na deliberação sobre a quinta avaliação do programa, que terá lugar para a semana.

Selassie sublinhou ainda em comunicado que «Portugal obteve progressos notáveis nos últimos 18 meses em termos de reformas estruturais e consolidação das finanças públicas, com grandes sacrifícios e grande determinação da parte das autoridades portuguesas e do povo português». Mas, alertou ainda, «a dívida do país ainda é elevada, e precisa de ser contida para assegurar a plena recuperação. Portugal também precisa de restaurar a sua capacidade de se auto-financiar a taxas razoáveis. Isto significa que o ajustamento orçamental é imperativo, e tem de prosseguir».

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