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OCDE contra mais austeridade mesmo que se falhem défices

Alemanha cresce em força na primeira metade do ano, mas França e Itália ainda «patinam»

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prefere que os países da Zona Euro falhem as metas de défice acordadas do que vê-los aplicar mais austeridade, porque isso atrasará a saída da região da crise.

Na atualização das previsões económicas de curto prazo para as maiores economias, a OCDE refere que «devem cumprir-se os compromissos de consolidação orçamental estrutural, enquanto se deixa os estabilizadores automáticos funcionarem». Ou seja, «as metas nominais do défice devem vir a ser ultrapassadas».

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Considerando que a transmissão da política monetária à economia real está danificada na região da moeda única, a organização diz ser essencial que o mecanismo de transmissão de crédito seja reparado. Para tal, pede rapidez na implementação de um sistema compreensivo de supervisão bancária única.

Mais uma vez, fica também o apelo ao Banco Central Europeu, para voltar a reduzir as taxas de juro, já que não existem pressões inflacionistas.

No que se refere às previsões económicas propriamente ditas, destaque para o caso da Alemanha. A maior economia da Zona Euro deverá recuperar em força na primeira metade deste ano, estimando-se um crescimento de 2,3% no primeiro trimestre e de 2,6% no segundo.

França, pelo contrário, vai continuar em recessão no primeiro trimestre (-0,6%), voltando a crescer, ainda moderadamente (0,5%) no segundo. Itália também continua no vermelho, prevendo-se uma contração de 1,6% nos primeiros três meses e outra de 1% entre abril e junho.

Fora da Zona Euro, a OCDE tem previsões mais otimistas para EUA e Japão, cujas economias deverão crescer mais de 3% entre janeiro e março, mas deverão abrandar nos três meses que se seguem.

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