O líder do Bloco de Esquerda aproveitou o seu tempo durante o debate quinzenal na Assembleia da República, que decorre esta sexta-feira, para fazer uma única pergunta a José Sócrates: «Quanto custa a redução do subsídio de desemprego anunciada há dois dias?». E à terceira vez que colocou esta questão foi de vez.
«Esta é uma medida que está prevista no PEC. Não temos nenhum estudo para dizer quanto é que essa medida custa. Aplicamos essa medida por ela ser justa», respondeu o primeiro-ministro.
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Francisco Louçã agradeceu a José Sócrates por ter reconhecido «que tomou uma medida que não sabe quanto custa», tendo o primeiro-ministro retorquido: «O que eu disse é que a medida foi tomada independentemente desses estudos, que temos. Esta medida seria tomada tivéssemos ou não de pôr as contas públicas em ordem».
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«Toma medidas sem saber quanto valem? Só porque estão convencidos que há uns malandrecos que preferem estar desempregados do que a trabalhar? Isso é um engano», concluiu o líder bloquista.
Francisco Louçã acusou a «santinha aliança» entre o Governo e o PSD, numa referência ao acordo entre José Sócrates e Passos Coelho, classificando os dois líderes como «almas gémeas» no ataque aos «subsídiodependentes».
E foi mais longe ao dar como exemplo o IEFP de Vila Nova de Gaia, onde «uma assistente de limpeza com formação do 6º ano de escolaridade ganha 2 euros por hora. O estado paga 320 euros ao mês. Esta é a realidade do mercado de trabalho».
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