O presidente do Eurogrupo vai estar de visita oficial a Portugal já esta quarta e quinta-feira. Jean-Claude Juncker tem encontros previstos com o primeiro-ministro, Passos Coelho, e também com o ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
O porta-voz de Juncker indicou à Agência Lusa que, além das reuniões com aqueles dois responsáveis, o primeiro-ministro luxemburguês tem também encontros previstos com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e com dois antigos chefes de Estado, Mário Soares e Jorge Sampaio.
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Juncker participa ainda hoje, em Lisboa, numa conferência na Fundação Calouste Gulbenkian sobre o modelo de governação económica para uma União Monetária.
Durante esta visita oficial, um dos assuntos que poderão ser abordados nas reuniões com as autoridades portuguesas, como antecipou o próprio Juncker na passada segunda-feira em Bruxelas, é a intenção do Governo português de proceder a «reajustamentos» ao programa de assistência financeira a Portugal.
No final de uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, Jean-Claude Juncker, revelou ainda não ter sido contactado pelas autoridades portuguesas sobre eventuais reajustamentos ao programa de ajuda, apontando que apenas conhece essa intenção pelo que leu «nas agências de notícias».
Questionado durante a conferência de imprensa sobre a abertura da Zona Euro em renegociar o programa de ajuda externa a Portugal, e eventualmente reforçar o montante do empréstimo, Juncker disse que «o ministro das Finanças português não mencionou o que parece ser este requerimento» de Lisboa.
«Se as autoridades portuguesas desejarem conversar sobre isso durante a minha visita oficial a Portugal mais tarde esta semana, isso será feito, mas para já não tenho detalhes sobre qualquer pedido português». «Apenas tomei nota do que pude ler nas agências noticiosas».
O ministro Vítor Gaspar, que participou na reunião de segunda-feira do Eurogrupo e está presente no encontro alargado de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) que hoje decorre em Bruxelas, mantém o silêncio a que já habituou a comunicação social nas suas reuniões europeias, escusando-se a prestar declarações aos jornalistas.
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