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Portugal «vai recuperar» primeiro do que a Grécia

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Christine Lagarde acredita que consenso político em torno do programa de ajuda externa vai ajudar

[Notícia actualizada às 12h com mais declarações]

Portugal vai recuperar mais rápido do que a Grécia. Quem o diz é a ministra francesa das Finanças e candidata à direcção do FMI, Christine Lagarde, para quem a «aliança» política em torno do programa de ajuda externa vai ajudar a que isso aconteça.

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« Uma grande força de Portugal, e que espero que a Grécia consiga imitar, é que os partidos políticos uniram-se e formaram uma aliança. Isso foi decisivo para construir e restaurar a confiança», disse à Lusa Christine Lagarde, durante uma visita a Pequim para promover a sua candidatura.

A candidata ao lugar deixado por Strauss-Kahn salientou que Grécia, Irlanda e Portugal - os países que no último ano pediram apoio financeiro internacional - representam apenas 6% do produto interno bruto da Zona Euro, mas afirmou que «todos contam e são importantes».

«Cada pais é diferente e tem de responder a diferentes categorias de problemas e questões».

A ministra francesa das Finanças termina esta quinta-feira uma visita de 24 horas a Pequim e disse já estar «muito satisfeita» com os encontros que teve no país. Lagarde virá a Lisboa amanhã, sexta-feira, onde decorre a reunião anual do Banco Africano de Desenvolvimento.

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Recorde-se que o resgate de Portugal será de 78 mil milhões de euros durante os próximos três anos. O país deverá desta forma conseguir equilibrar as suas finanças públicas.

A primeira nação da Zona Euro a pedir ajuda financeira externa foi a Grécia, em Abril 2010, mas um ano depois nem tudo correu bem e está já a ser discutida a possibilidade de um novo pacote de assistência aquele país, que pode ir até aos 90 mil milhões de euros.

E a crise grega deve ser resolvida, entende Lagarde, evitando uma reestruturação de dívida involuntária. Ou seja, a acontecer, tem de ter o acordo dos credores.

«Dentro destes parâmetros, há muito para trabalhar, pensar e explorar neste momento, mas nada que possa ser feito de forma involuntária», sublinhou a candidata ao cargo de diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, numa breve entrevista à agência Bloomberg, em Pequim. «Seja como for [a solução para a Grécia], terá de ser voluntária e bem anunciada».

Em Portugal, país nos braços da ajuda externa, os três maiores partidos politicos(PSD, PS e CDS), que representam 78,42% do eleitorado, apoiam o programa de redução do défice público patrocinado pela Comissão Europeia e o FMI.

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