Os estágios curriculares na licenciatura ajudam a reduzir em 15% o risco de desemprego dos licenciados, podendo essa percentagem ser de 27% no ensino politécnico, segundo um estudo divulgado pela Universidade de Aveiro.
Trata-se do primeiro estudo realizado no país sobre o impacto da existência de estágios curriculares na empregabilidade dos licenciados, da responsabilidade da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA), um dos polos da Universidade de Aveiro.
“A existência de estágios curriculares nas licenciaturas disponíveis em Portugal tende a reduzir as taxas de desemprego dos licenciados em cerca de 15%. Quando aplicado ao ensino superior politécnico, o modelo de análise desenvolvido sugere que a redução da taxa de desemprego tende a ser de 27%”, conclui o estudo da ESTGA.
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“O estudo mostra que os estágios contribuem efetivamente para a empregabilidade dos licenciados, principalmente se forem estágios faseados ao longo do curso”, aponta Gonçalo Paiva Dias, coordenador da equipa do projeto, em declarações à Lusa.
Segundo Gonçalo Paiva Dias, “48% incluem algum tipo de estágio nos respetivos planos curriculares, percentagem que é bastante mais significativa no ensino superior politécnico, em que 65% das licenciaturas incluem estágio, do que no ensino superior universitário, em que apenas 28% os incluem”.
Essa percentagem, sublinha o investigador, “é também maior no ensino superior privado, com 56% das licenciaturas a incluírem estágio, enquanto no ensino superior público apenas 44% os integram”.
Em Portugal, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego entre os jovens, no primeiro trimestre de 2013, foi de 42,1%.
“Embora esta taxa seja inferior entre os licenciados é, no entanto, preocupante, uma vez que tem vindo a aumentar concomitantemente com a visibilidade social do desemprego neste grupo de jovens”, alerta o investigador.
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