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Lucro da Galp sofreu impacto de 80 ME com queda do preço do petróleo

Galp Energia vai ter mais quatro plataformas de petróleo no Brasil e mais duas plataformas em Angola em atividade até ao final de 2018. 

O forte recuo dos preços do petróleo ao longo deste ano, a par das quedas nas margens de refinação, penalizou o resultado líquido da Galp Energia em cerca de 80 milhões de euros, realçou hoje o presidente da petrolífera.

"A queda brutal do preço de petróleo Brent e a queda das margens de refinação tiveram um impacto enorme" nos resultados dos primeiros nove meses do ano da Galp, afirmou Carlos Gomes da Silva, num encontro com jornalistas em Lisboa.

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A Galp apresentou hoje as contas relativas ao período entre janeiro e setembro, com o lucro a cair 26% em termos homólogos para 361 milhões de euros.

Ainda assim, "o aumento da produção, nomeadamente no Brasil, permitiu limitar os efeitos das quedas do Brent e das margens de refinação", destacou o líder da Galp, acrescentando que, paralelamente, "o foco nas atividades de distribuição atenua o efeito adverso das quedas nas margens de refinação".

"Há uma melhoria do desenvolvimento da atividade, mas o impacto do cenário [conjuntural] levou à queda dos resultados", sublinhou Gomes da Silva.

Ainda assim, o responsável assinalou que "as condições estão com perspetivas de melhorar", apontando para alguns efeitos sazonais, como a época de furacões nos Estados Unidos (EUA), que forçam a paragem das refinarias de petróleo do país - logo, leva ao aumento das vendas da Galp para a maior economia do mundo -, bem como o facto de nesta altura do ano, em que as temperaturas começam a cair significativamente no hemisfério norte, haver uma subida significativa da procura de diesel.

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Galp contesta contribuição extraordinária do setor energético

A Galp Energia mantém a sua posição de discordância quanto ao pagamento da contribuição extraordinária sobre o setor energético, que já motivou o seu recurso à Justiça, e não vai liquidar a verba prevista no Orçamento do Estado para 2017.

"Vamos manter a nossa posição. Nós discordamos desse imposto, pois entendemos que viola as regras de tributação das empresas", afirmou o presidente da petrolífera.

Assim, segundo Gomes da Silva, a estratégia da Galp passa por prestar garantia sobre esta contribuição, mas não liquidá-la, tal como tem feito desde 2014, o primeiro ano em que foi impactada por este imposto extraordinário, enquanto aguarda uma decisão do tribunal sobre a matéria.

"É uma taxa que era suposto ser transitória mas, como mostra o Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), já vai para o seu quarto ano de existência", assinalou o gestor.

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"Preocupa-nos porque é mais um ano que temos que suportar" esta contribuição extraordinária, reforçou Gomes da Silva.

Questionado sobre o peso que este imposto, que taxa 0,85% dos ativos das empresas energéticas portuguesas, tem sobre os resultados da Galp, o responsável apontou para uma verba em torno dos 25 milhões de euros anuais.

A Galp deverá contribuir até 2017 com 50 milhões de euros por ano para baixar os custos do sistema.

Galp vai ter seis novas plataformas de petróleo

A Galp Energia vai ter mais quatro plataformas de petróleo no Brasil e mais duas plataformas em Angola em atividade até ao final de 2018. 

"Nos próximos dois anos vamos por tantas unidades a funcionar como nos últimos cinco anos", destacou o responsável num encontro com jornalistas, em Lisboa, a propósito da apresentação das contas relativas aos primeiros nove meses do ano, revelando que partes destas plataformas estão a ser construídas no Brasil, na Coreia do Sul e na Tailândia.

Além das novas plataformas FPSO - usadas para extrair petróleo do fundo do mar -, a Galp está também a potenciar a capacidade que já tem instalada, com o objetivo de atingir uma produção de 100 mil barris por dia já em 2017, sublinhando a "sólida execução dos projetos de desenvolvimento" no Brasil e em Angola.

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