O candidato à presidência do Conselho Económico e Social (CES) Luís Filipe Pereira defendeu, esta quarta-feira,, numa audição parlamentar que o Governo seguiu o caminho certo com as medidas de austeridade aplicadas nos últimos anos, embora a intensidade das mesmas possa ser discutível.
“Acho que o Governo apontou na direção certa, mas às vezes há diferença entre fazer as coisas certas e fazer as coisas bem”
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O ex-ministro da Saúde considerou que as medidas aplicadas foram necessárias para ultrapassar os problemas financeiros que o país atravessava, mas admitiu que criaram piores condições de vida para as pessoas.
“Podemos discutir a intensidade das medidas que o Governo aplicou, mas a direção não podia ser outra”. As medidas “dolorosas” eram necessárias para no “futuro” aumentar a competitividade e o crescimento económico do país
O deputado socialista Nuno Sá defendeu que o CES deve ser um espaço de reflexão da sociedade portuguesa e questionou, neste âmbito, Luís Filipe Pereira sobre questões como o desemprego, salário mínimo nacional e a segurança social.
Nuno Sá lembrou que, tendo em conta o atual contexto político, a aproximação do final da legislatura, a eleição para a presidência do CES equivale a uma eleição para um mandato de seis meses.
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O candidato indigitado pela maioria parlamentar disse que tem consciência que o mandato se esgotará com a legislatura, mas que aceitou pela importância que reconhece ao CES.
Os partidos da maioria parlamentar, PSD e CDS, elogiaram o currículo do candidato e colocaram-lhe algumas questões sobre a atualidade económica e social, nomeadamente o desemprego e o salário mínimo.
Luís Filipe Pereira reconheceu a importância de se fazer um esforço para se aumentarem os salários mais baixos, mas lembrou que as empresas só conseguem criar emprego se forem competitivas. “Tem de haver bom senso”, sublinhou o também antigo secretário de Estado da Segurança Social, no final dos anos 80.
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